O presidente Jair Bolsonaro durante seu discurso na Cúpula sobre o ClimaReprodução
Por O Dia
Publicado 22/04/2021 11:17 | Atualizado 22/04/2021 12:56
Rio - Na manhã desta quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro discursou na Cúpula de Líderes sobre o Clima, evento organizado pelo governo dos Estados Unidos para discutir estratégias de combate à crise global das mudanças climáticas. Recebido pelo anfitrião Joe Biden, Bolsonaro anunciou que vai duplicar os recursos de fiscalização em áreas de preservação, além de antecipar a neutralidade climática de 2060 para 2050. O presidente também firmou o compromisso de acabar com o desmatamento ilegal na Amazônia até 2030. 
"Coincidimos, Sr. presidente (Joe Biden), com o seu chamado ao estabelecimento de compromissos ambiciosos. Nesse sentido, determinei que nossa neutralidade seja alcançada até 2050, antecipando em 10 anos a sinalização anterior. Entre as medidas necessárias para tanto, destaco aqui o compromisso de eliminar o desmatamento ilegal até 2030, com a pronta aplicação do nosso código florestal. Com isso, reduziremos em quase 50% nossas emissões até essa data. Há de se reconhecer que será uma tarefa complexa", afirmou o chefe do Executivo.
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Em seu discurso, Bolsonaro também citou o fortalecimento dos órgãos ambientais de fiscalização. "Apesar das limitações orçamentárias do governo, determinei o fortalecimento dos órgãos ambientais, duplicando os recursos destinados as ações de fiscalização, mas é preciso fazer mais".
"Devemos enfrentar o desafio de melhorar a vida dos mais de 23 milhões de brasileiros que vivem na Amazônia, região mais rica em recursos naturais, mas que apresenta os piores índices de desenvolvimento urbano. A solução desse paradoxo é condição essencial para o desenvolvimento sustentável da região. Devemos aprimorar a governança da terra, como tornar realidade a bioeconomia, valorizando efetivamente a floresta e a biodiversidade", completou o presidente. 
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Além de apresentar novos compromissos de seu governo com o enfrentamento mundial à mudança climática, Bolsonaro também pontuou dados sobre a responsabilidade climática do país, afirmando que "o brasil está na vanguarda do enfrentamento ao aquecimento global".
"Ao discutirmos mudanças no clima não podemos esquecer da causa maior do problema, a queima de combustíveis fósseis, ao longo dos últimos dois séculos. O Brasil participou com menos de 1% das emissões históricas de gases de efeito estufa, mesmo sendo uma das maiores economias do mundo. Atualmente, respondemos por menos de 3% das emissões globais anuais e contamos com uma das matrizes energéticas mais limpas, com renovados investimentos em energia solar, eólica e biomassa", ponderou. 
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Segundo ele, o Brasil promove no campo "uma revolução verde a partir da ciência e inovação".
"Produzimos mais utilizando menos recursos, o que faz da nossa agricultura uma das mais sustentáveis do planeta. Temos orgulho de preservar 84% do nosso bioma amazônico e 12% da água doce da Terra. Como resultado, somente nos últimos 15 anos, evitamos a emissão de mais de 7,8 bilhões de toneladas de carbono na atmosfera", concluiu. 
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