O Pegasus é um software muito avançado e polêmico, por já ter sido usado para espionar celulares e computadores de jornalistas e críticos de governos em todo o mundo.AFP
Por O Dia
Publicado 13/05/2021 16:43
O gerente-geral da Pfizer para a América Latina, Carlos Murillo, rebateu a versão dada nesta quarta-feira, 12 pelo ex-secretário de Comunicação e empresário Fábio Wajngarten sobre participação do filho do presidente e vereador Carlos Bolsonaro em negociações com a farmacêutica. Segundo Murillo disse em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, Carlos Bolsonaro participou das reuniões e das tratativas para compras de vacinas, o contrário do que havia dito Wajngarten ontem.
"Após aproximadamente uma hora de reunião, Fábio recebeu uma ligação, saiu da sala e retornou. Minutos depois, entram na sala Filipe Garcia Martins, da assessoria internacional da Presidência da República, e Carlos Bolsonaro", relatou Murillo sobre reunião que havia sido realizada na Secretaria de Comunicação da Presidência da República a fim de a empresa ofertar doses de vacinas ao governo brasileiro em setembro do último ano. O contrato para compra das vacinas só foi fechado em março deste ano.
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Conforme segue o depoimento, Wajngarten então teria inteirado Carlos e Martins das tratativas para a importação das vacinas da Pfizer. Ontem, durante a fala à CPI, Wajngarten disse que nunca foi "próximo de Carlos Bolsonaro". "Nunca tive intimidade com ele. Nunca tive relação qualquer com ele", afirmara o ex-secretário. Diante de outras contradições, os senadores presentes pediram inclusive para que Wajngarten fosse preso. O presidente da comissão, entretanto, preferiu remeter os autos para apreciação do Ministério Público.
"Carlos ficou brevemente na reunião e saiu da sala. Filipe Martins ainda permaneceu na reunião. A reunião foi encerrada logo na sequência e as representantes da Pfizer saíram do Palácio do Planalto", narrou o representante da farmacêutica.
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