Relator da reforma da Previdência no Senado, Tasso Jereissati (PSDB-CE)divulgação
Por ESTADÃO CONTEÚDO
Publicado 20/06/2021 20:26 | Atualizado 20/06/2021 20:27
O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), um dos participantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga as responsabilidades das autoridades pelo agravamento da pandemia de covid-19 no Brasil, afirmou neste domingo, 20, que testemunhas da comissão estão recebendo ameaças de morte.

"Pelo menos duas pessoas já pediram proteção à CPI por ameaças de morte. (...) Isso é muito grave, temos uma banalização da morte no Brasil", lamentou Tasso, ao responder questionamento de Natalia Pasternak, bióloga e presidente do Instituto Questão da Ciência, sobre a segurança de testemunhas da comunidade científica durante live promovida pelo grupo Parlatório.
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Também neste domingo, Jereissati (PSDB-CE) defendeu a unidade do seu partido, o PSDB, e considerou como uma "possibilidade concreta" a formação de uma aliança de centro para concorrer contra o presidente da República, Jair Bolsonaro, atualmente sem partido, e o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição presidencial do ano que vem.
Ao participar de videoconferência do grupo Parlatório, Tasso sustentou que a viabilidade de uma candidatura alternativa, a chamada terceira via, na corrida ao Palácio do Planalto vai depender da pressão popular pelo lançamento de um candidato que não precisará ser necessariamente do PSDB.

"Se houver pressão da opinião publica, a possibilidade se torna mais concreta ainda", disse Tasso. "Não precisa ser do nosso partido PSDB", acrescentou o parlamentar, referindo-se ao nome que lideraria a coalizão e angariaria o maior apoio na população.

Tasso citou o ex-presidente da República Michel Temer e o ex-ministro e ex-juiz da Lava Jato, Sergio Moro - ambos presentes na mesma reunião virtual - entre as "figuras centrais" no processo de aglutinação de forças de centro. "São atores fundamentais para que esse processo chegue".

Durante a live, o senador também fez uma defesa da adoção do parlamentarismo. "Eu sou parlamentarista, defendo que esse parlamentarismo seja adaptado à nossa cultura, história e tradição. Essa é uma das bases do nosso partido, o PSDB. Hoje, muitos senadores já se posicionam a favor do parlamentarismo", comentou Tasso.

Mas ele ponderou que a mudança de sistema de governo depende de uma reforma eleitoral totalmente diferente da discutida recentemente. "O 'distritão' seria a destruição dos partidos", afirmou.
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