Publicado 08/07/2021 11:36 | Atualizado 08/07/2021 12:24
Brasília - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid ouve, nesta quinta-feira, 8, a ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Francieli Fantinato. Em fala inicial, a servidora afirmou que o Plano Nacional de Imunização teria plena capacidade de realizar uma boa atuação na vacina, mas que faltou quantitativo de vacinas e estratégia de comunicação.
“O PNI sabia muito bem o que deveria fazer. Sempre soube. É assessorado pelos conselhos, pelas sociedades científicas e pelos maiores especialistas brasileiros na área de vacinação”, disse Francieli.
“Há que se considerar que o PNI, estando sob qualquer coordenação, não consegue fazer uma campanha exitosa sem vacinas e sem comunicação”, complementou. Veja:
Ainda durante o discurso inicial, a servidora detalhou sua carreira na área da saúde e exaltou a ciência, condenando a falta de apoio recebida por esses profissionais.
“Em toda essa trajetória, o que mais me orgulha é ser servidora pública, porque é um trabalho nobre, muitas vezes de pouco reconhecimento e, neste último ano, de nenhum reconhecimento, mas que salva muitas vidas”, afirmou.
Após o habeas corpus concedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Roberto Barroso, que lhe garantiu os direitos de investigada, a servidora poderá ficar em silêncio na comissão e não se comprometer em dizer a verdade. O senador Omar Aziz, questionou, no início da sessão, se ela, mesmo assim, gostaria de firmar compromisso com a veracidade do depoimento. Após questionar o advogado, a servidora não prosseguiu com o compromisso.
“O PNI sabia muito bem o que deveria fazer. Sempre soube. É assessorado pelos conselhos, pelas sociedades científicas e pelos maiores especialistas brasileiros na área de vacinação”, disse Francieli.
“Há que se considerar que o PNI, estando sob qualquer coordenação, não consegue fazer uma campanha exitosa sem vacinas e sem comunicação”, complementou. Veja:
Ainda durante o discurso inicial, a servidora detalhou sua carreira na área da saúde e exaltou a ciência, condenando a falta de apoio recebida por esses profissionais.
“Em toda essa trajetória, o que mais me orgulha é ser servidora pública, porque é um trabalho nobre, muitas vezes de pouco reconhecimento e, neste último ano, de nenhum reconhecimento, mas que salva muitas vidas”, afirmou.
Após o habeas corpus concedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Roberto Barroso, que lhe garantiu os direitos de investigada, a servidora poderá ficar em silêncio na comissão e não se comprometer em dizer a verdade. O senador Omar Aziz, questionou, no início da sessão, se ela, mesmo assim, gostaria de firmar compromisso com a veracidade do depoimento. Após questionar o advogado, a servidora não prosseguiu com o compromisso.
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Nota técnica
A ex-coordenadora do PNI afirmou que os técnicos do órgão produziram uma nota técnica, no dia 19 de junho de 2020, alertando para a necessidade de imunização da população, ainda em um cenário de incerteza na pandemia do novo coronavírus. O documento teria sido encaminhado à Secretaria Executiva do Ministério da Saúde. Na ocasião, o general Eduardo Pazuello chefiava interinamente a pasta.
De acordo com a ex-coordenadora, que presta depoimento à CPI da Covid, os técnicos projetaram um cenário de campanha imunização no País como forma de controlar a doença. "A gente precisaria, para a questão de controlar a transmissão, uma quantidade em torno de 55% de cobertura vacinal, que poderia variar até 95%", relatou. Considerando uma provável escassez de produtos no mercado internacional, ela revelou que a nota técnica considerou o cenário de vacinação dos grupos prioritários, iniciando pelas populações vulneráveis.
Francieli pediu demissão do cargo no último 30 de junho e foi formalmente exonerada da função onte, conforme falou à CPI. Aos senadores, ela afirmou que o PNI comunicou que seria "importante" o governo comprar as vacinas Coronavac e Pfizer. O presidente Jair Bolsonaro é alvo da CPI por ter suspendido as negociações para compra da Coronovac e ignorado as várias ofertas da Pfizer feitas no ano passado.
De acordo com a ex-coordenadora, que presta depoimento à CPI da Covid, os técnicos projetaram um cenário de campanha imunização no País como forma de controlar a doença. "A gente precisaria, para a questão de controlar a transmissão, uma quantidade em torno de 55% de cobertura vacinal, que poderia variar até 95%", relatou. Considerando uma provável escassez de produtos no mercado internacional, ela revelou que a nota técnica considerou o cenário de vacinação dos grupos prioritários, iniciando pelas populações vulneráveis.
Francieli pediu demissão do cargo no último 30 de junho e foi formalmente exonerada da função onte, conforme falou à CPI. Aos senadores, ela afirmou que o PNI comunicou que seria "importante" o governo comprar as vacinas Coronavac e Pfizer. O presidente Jair Bolsonaro é alvo da CPI por ter suspendido as negociações para compra da Coronovac e ignorado as várias ofertas da Pfizer feitas no ano passado.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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