"Diz que teve sua honra sequestrada. Teve sim: por seu Chefe Bolsonaro, que o acusou e até hoje não negou ou defendeu", disse Renan.Pedro França/Agência Senado
Por O Dia
Publicado 09/07/2021 12:35 | Atualizado 09/07/2021 13:52
Brasília - Durante a oitiva do consultor técnico do Ministério da Saúde William Amorim Santana na CPI da Covid nesta sexta-feira, 9, o relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou que Ministério da Saúde ainda não enviou os documentos do processo de compra da Covaxin porque haveria informações “escabrosas” em seu conteúdo. O relator citou que o coronel Élcio Franco teria negociado 50 milhões de doses com a Precisa Medicamentos, empresa intermediária na compra das vacinas.

“Existem coisas escabrosas, ainda maiores, nesta grande negociata enquanto os brasileiros morriam. Por exemplo, sabe-se agora, e vamos confirmar, que o Secretário Executivo requisitou a compra à Precisa de mais 50 milhões de doses”, disse. Confira:

A fala ocorreu após o relator questionar o depoente acerca das invoices que foram analisadas pela senadora Simone Tebet (MDB-MS) na última terça-feira, 6, durante a oitiva da servidora do Ministério da Saúde Regina Célia Oliveira. O relator comparou a nota que William afirma ter recebido com a apresentada por Onyx em uma coletiva de imprensa. Após a comparação, Calheiros pediu a convocação do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, para depor pelo suposto crime de falsificação. Veja:
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Posteriormente, durante a análise de um e-mail da Precisa Medicamentos, o vice-presidente da Comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), ressaltou que, para a solicitação de importação, houve também intermédio do coronel Élcio Franco. No e-mail, enviado no dia 16 de março, constava o seguinte trecho: "Com anuência da Secretaria Executiva, peço auxílio na solicitação da primeira LI [Liceça de Importação] de embarque aéreo".
Segundo o depoente, esse procedimento não seria comum em outros procedimentos de importação.
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O vice-presidente da comissão Randolfe Rodrigues afirmou acreditar que, à época, o cargo de secretário executivo era ocupado por Élcio Franco e afirmou que “é impressionante como o nome do coronel se repete ao longo dessa semana na Comissão Parlamentar de Inquérito”.
Durante um momento da CPI, a senadora Simone comparou os documentos apresentados entre o ministro Onyx e o divulgado por William nesta sexta-feira. "Este documento foi o que Onyx divulgou durante a  coletiva e eu tirei uma cópia. O documento que o ministro diz que é falso é o mesmo que o senhor apresentou e estou destacando", disse ela.
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Ainda segundo a parlamentar, com a sessão desta sexta-feira, comprova-se no primeiro momento, tanto pelo William quanto pelo escritório que defende a Precisa Medicamentos e a Madison, a existência de três invoices. 
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