Publicado 12/07/2021 16:11
Brasília - O Brasil voltou a viver um cenário instável quanto a alimentação dos seus cidadãos. Segundo levantamento da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), entre 2018 e 2020, a insegurança alimentar quase dobrou e passou a atingir 7,5 milhões de brasileiros. As informações são do jornalista Jamil Chade.
A pesquisa divulgada nesta segunda-feira (12) traça um comparativo com o período entre 2014 e 2016 onde 3,9 milhões de brasileiros viviam na insegurança alimentar - ou seja, aqueles que não possuem acesso regular e suficiente a uma alimentação satisfatória por falta de dinheiro.
A entidade relaciona a situação com a pandemia do novo coronavírus. Não só no Brasil, a insegurança alimentar avançou em toda América Latina. A taxa mundial aumentou quatro pontos percentuais, entre 2014 e 2019, e foi de 22% para 26%. Em 2020, esse salto foi ainda maior e atingiu 30% da população do planeta.
Segundo classificação das Nações Unidas (ONU), alguém que passe um dia inteiro sem ter acesso a uma alimentação de qualidade vive uma "insegurança alimentar grave".
Ponto importante: os dados não se referem a 'fome aguda' - quando há uma falta crônica de comida na rotina diária de alimentação.
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