Publicado 30/07/2021 09:24 | Atualizado 30/07/2021 11:00
Uma mulher de 26 anos foi presa nesta sexta-feira, 30, suspeita de matar o filho de 7 anos e jogar o corpo em um rio em Imbé, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues teria dopado a criança com remédios e, segundo a polícia, o menino vivia sob um regime de tortura física e psicológica.
Segundo informações do Portal G1, a mulher confessou o crime em depoimento à polícia, disse o delegado Antonio Carlos Ractz, responsável pelo caso. "Colhendo os depoimentos nós já pudemos apurar, inclusive contando com a confissão dela com a presença de advogado, que a criança vivia sob tortura, física e psicológica", disse Ractz.
De acordo com as autoridades, a mulher se dirigiu à delegacia na noite desta quinta-feira, 29, para registrar o desaparecimento do filho. Ela estava acompanhada de sua cônjuge e informou à polícia que o filho estava desaparecido há 48 horas.
“[Ela] alegou que o filho havia desaparecido há dois dias e que ainda não havia procurado a polícia porque pesquisou no Google e viu que teria que aguardar 48h. E começou a apresentar uma série de contradições, o que levou desconfiança da BM e PC", diz o delegado.
A polícia realizou buscas na casa da suspeita e, no local, encontrou a mala que teria sido usada para levar o menino até o Rio Tramandaí, local onde ele foi jogado. Segundo o delegado, a mulher informou que na quarta-feira, 28, ela teria dopado a criança com medicamentos e, sem ter certeza do estado da criança, resolveu ocultar o corpo.
O Corpo de Bombeiros faz buscas pelo corpo do menino. "Nossa principal medida agora é localizar o cadáver", diz o delegado.
A mulher foi autuada em flagrante por homicídio qualificado, com agravante por ocultação de cadáver. De acordo com a polícia, a situação da companheira ainda está sendo analisada pois ela seria autista.
Ainda segundo a polícia, ela chegou a alegar que o filho era fruto de um estupro. "Primeiro disse que era fruto de um estupro, mas ela morava com esse namorado na casa dos próprios pais, então a história já não se confirma. Ela tem um perfil de psicopata, durante toda a minha carreira, eu não havia me deparado com alguém tão frio".
De acordo com o delegado, o tom da mulher na conversa não demonstrava nenhum sentimentalismo e, durante o interrogatório, a preocupação era direcionada apenas à parceira.
"A preocupação é com a companheira, não com a criança. Ela declarou que o filho atrapalhava ela".
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