Publicado 03/08/2021 12:46
Brasília - Com o retorno da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid nesta terça-feira, os senadores aprovaram uma série de requerimentos para avançar nas investigações. As novas medidas autorizadas miram em aliados do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). No total, 130 requerimentos foram aprovados, conforme divulgação feita pela comissão. Entre elas está a quebra de sigilo telefônico, fiscal, bancário e telemático do líder do governo na Câmara, deputado federal Ricardo Barros (PP-PR).
O nome de Barros teria sido envolvido pelo presidente Bolsonaro em um suposto esquema de corrupção na compra da vacina Covaxin. A denúncia foi apresentada pelo deputado Luis Miranda (DEM-DF), que também teve os sigilos quebrados nesta terça-feira.
A comissão também aprovou um requerimento para pedir à Justiça pelo afastamento da secretária Mayra Pinheiro da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde.
Além disso, a CPI aprovou uma série de requerimentos para convocar e quebrar os sigilos bancário e fiscal de representantes da VTC Logística, empresa que atua na distribuição de vacinas e é suspeita de superfaturar contratos no Ministério da Saúde.
A CPI também autorizou a quebra de sigilos de Cristiano Carvalho e Luiz Paulo Dominghetti Pereira, que tentaram vender vacinas para a Saúde em nome da Davati sem comprovar a capacidade de entrega, e do reverendo Amilton Gomes de Paula, apontado como intermediador entre o governo e empresas que ofertaram imunizantes.
A comissão também aprovou uma nova convocação do ex-secretário-executivo da pasta, Elcio Franco. Nas últimas sessões da CPI, foram relatadas informações que apontaram a atuação do ex-número 2 de Eduardo Pazuello para facilitar a compra de vacinas em negociações suspeitas.
Por fim, a CPI decidiu quebrar o sigilo bancário de representantes de sites acusados de propagar conteúdos falsos na pandemia, além de empresas que promoveram medidas anticientíficas na internet.
Por fim, a CPI decidiu quebrar o sigilo bancário de representantes de sites acusados de propagar conteúdos falsos na pandemia, além de empresas que promoveram medidas anticientíficas na internet.
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