Ex-assessor do Ministério da Saúde, Airton Antonio Soligo presta depoimento à CPI da Covid nesta quinta-feiraJefferson Rudy/Agência Senado
Publicado 05/08/2021 13:13
Durante depoimento nesta quinta-feira, 5, na CPI da Covid, o ex-assessor do Ministério da Saúde, Airton Antonio Soligo, afirmou, em resposta a Renan Calheiros (MDB-AL), que “houve e ainda há politização das tratativas” para a compra de vacinas. Na sequência, porém, o depoente afirmou que não poderia apontar de quem partiu essa politização.
O vice-presidente da Comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) relembrou o dia 20 de outubro do ano passado, onde foi anunciada a compra de doses da CoronaVac pelo ministério da Saúde.
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Na ocasião, o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) decidiu barrar a compra dos imunizantes e no dia seguinte, durante visita ao então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, acontece frase "um manda e o outro obedece", proferida pelo chefe da pasta.
Airton Cascavel, como é conhecido popularmente, afirma que estava tudo "pacificado" até suspensão feita pelo presidente Jair Bolsonaro da compra de vacinas. Confira o momento:
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Na sequência o ex-assessor do Ministério da Saúde, afirmou que o principal problema que dificultou as negociações para a compra dos imunizantes para o Brasil foi a "politização" da pandemia. Confira abaixo:
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Cascavel disse que, em momento algum, participou de negociações sobre compra de vacinas. Ele esclareceu que tal tarefa era de competência exclusiva da secretaria-executiva. De acordo com o ex-assessor da Saúde, o foco dele era totalmente voltado ao atendimento de prefeitos, governadores e parlamentares, que tentavam defender interesses de suas cidades e estados em um momento de grave crise sanitária.
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Quando Calheiros perguntou sobre seu relacionamento com o coronel Marcelo Blanco, Cascavel afirmou que esteve com o militar apenas em duas oportunidades e de acordo com ele, não chegaram a trocar uma palavra.
Quem é Airton Cascavel
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O empresário Airton Antonio Soligo, conhecido como Airton Cascavel, teria atuado informalmente durante meses no Ministério da Saúde, sem nenhum vínculo com a administração pública.
De acordo com investigações, Cascavel é amigo do ex-ministro Eduardo Pazuello e, após ter atuado informalmente, foi nomeado assessor especial da pasta, função que ocupou entre junho de 2020 e março de deste ano.
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O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que é autor do requerimento, aponta que gestores estaduais e municipais consideravam que Cascavel era o "ministro de fato" da Saúde, que resolvia questões burocráticas e logísticas do ministério.
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