Publicado 10/08/2021 17:54
O ministro da Educação, Milton Ribeiro, afirmou que o Ensino Superior não deveria ser para todas as pessoas, mas "para poucos". A declaração foi feita em uma entrevista ao programa "Sem Censura", da TV Brasil, na noite desta segunda-feira, 9.
"A universidade deveria, na verdade, ser para poucos, nesse sentido de ser útil à sociedade", afirmou ele, que argumentou em defesa do ensino técnico. Na entrevista, o ministro defendeu que as verdadeiras "vedetes", ou seja, que a principal porta de entrada para o futuro deveria ser o instituto federal, para formar pessoas técnicas.
"Tem muito engenheiro ou advogado dirigindo Uber porque não consegue colocação devida. Se fosse um técnico de informática, conseguiria emprego, porque tem uma demanda muito grande", disse o ministro da Educação.
Na entrevista, o ministro também argumentou sobre a questão das cotas. Ele afirmou que a lei rebate a ideia de que na universidade pública só tem “filhinho de papai”. “Pelo menos nas federais, 50% das vagas são direcionadas para cotas. Mas os outros 50% são de alunos preparados, que não trabalham durante o dia e podem fazer cursinho. Considero justo, porque são os pais dos 'filhinhos de papai' que pagam impostos e sustentam a universidade pública. Não podem ser penalizados", disse ele.
Posicionamento político dos reitores
O ministro da Educação também fez críticas ao posicionamento político dos professores e pontuou que um reitor de universidade "não pode ser esquerdista, lulista".
"Respeitosamente, vejo que alguns deles optaram por visão de mundo à esquerda, socialistas. Eu falei pra eles: se formos discutir essas questões, nunca vamos chegar a um acordo. Não pode ser esquerdista, lulista. Eu acho que reitor tem que cuidar da educação e ponto-final, e respeitar quem pensa diferente. As universidades federais não podem se tornar comitê político de um partido A, de direita, e muito menos de esquerda", disse ele.
Sobre os professores, ele criticou os professores da educação básica, pois agem "com viés político-ideológico" e prejudicam a volta às aulas presenciais. "Infelizmente, alguns maus professores (a grande maioria está querendo voltar e se preocupa com as crianças) fomentam a vacinação deles, que foi conseguida; agora [querem a imunização] das crianças; depois, com todo o respeito, para o cachorro, para o gato. Querem vacinação de todo jeito. O assunto é: querem manter escola fechada”, afirmou o ministro.
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