Publicado 11/08/2021 12:10 | Atualizado 11/08/2021 12:12
Um grupo de 22 gatos entrou com uma ação judicial contra um condomínio em João Pessoa, na Paraíba, por danos morais coletivos e individuais. Os animais estão sendo assistidos judicialmente pelo Instituto Protecionista SOS Animais e Plantas.
Segundo informações, os felinos já viviam no local antes mesmo de os moradores. Estes, inclusive, sempre cuidaram dos bichanos, dando comida, água, vitaminas, vacinas e até os levando ao veterinário quando necessário, além disso, todos eles são castrados, coma exceção de um, que ainda não tem idade.
O problema começou quando uma nova moradora, que não gosta de gatos, passou a morar no local e reclamou da presença dos felinos nas áreas comuns. O síndico, por sua vez, proibiu que os moradores dessem qualquer alimento aos gatos, sob ameaça de multa e deu ordens que os funcionários retirassem qualquer alimento deixado aos animais nas dependências.
Os moradores se reuniram com o síndico para negociação ainda em maio, mas não obtiveram sucesso. Até que, no último dia 4 de agosto, os próprios felinos entraram com a ação.
Todos os 22 gatos do condomínio assinam: Mãe de Todos, Mostarda, Pretinha, Escaminha, Bubuda, Guerreiro, Wesley, Pérola, Medroso, Juliete, Assustado, Preta, Atleta, Aparecido, Rainha, Esposo, Doida, Branca, Oncinha, Maria-Flor, Matuto e Sol.
Segundo o coordenador do Núcleo de Justiça Animal, Francisco Garcia, há uma lei específica de crimes ambientais na Paraíba que impede a retirada dos animais e estabelece que os condomínios sejam responsáveis pela guarda de animais abandonados em suas dependências.
Devido a retirada arbitrária dos alimentos, os gatos, passando fome, passaram a recorrer ao lixo em busca de alimento, o que pode trazer inúmeras doenças aos animais. Ainda segundo Garcia, o processo é para que os animais tenham seus direitos respeitados e possam permanecer no local em que foram abandonados ou nasceram.
Entenda o caso:
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