Publicado 11/08/2021 11:45
Brasília - A CPI da Covid ouve nesta quarta-feira, 11, o diretor-executivo da farmacêutica Vitamedic, Jailton Batista, que falará acerca da propaganda e venda de remédios ineficazes contra a covid-19. Logo no início da inquirição, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI, questionou o depoente acerca dos números alcançados pela farmacêutica com a venda de ivermectina - parte do chamado ‘kit covid’. Jailton, por sua vez, confirmou o aumento expressivo da comercialização do medicamento, que teve um crescimento de 29 vezes em relação ao ano de 2019.
“Números que chegaram a esta Comissão Parlamentar de Inquérito demonstram que o faturamento passou de 15,7 milhões com ivermectina em 2019 para quase 470 milhões, um aumento de 29 vezes em relação ao ano anterior. Estão corretos esses números?”, perguntou Calheiros? Assista:
Somente no período de janeiro a maio deste ano, o faturamento da Vitamedic com a ivermectina está em R$ 264 milhões.
Após confirmar os valores apresentados, Jailton afirmou prontamente que nunca comercializou o medicamento com o Governo Federal. Na sequência, ele também informou ao relator que a empresa comercializa, além de ivermectina, outros medicamentos do “kit covid”, como polivitamínicos, corticóides, antitérmicos e analgésicos.
Ainda segundo o depoente, a expansão de 2.900% no lucro da farmacêutica em 2020 não se refere apenas ao aumento das vendas de ivermectina. “Todos os produtos compõem a formação do lucro, e nós temos cerca de 120 produtos no nosso portfólio. Não só a ivermectina, mas uma série de outros produtos tiveram maior demanda no período e isso compõem o resultado da companhia".
Mais tarde, o empresário afirmou ainda que todos os produtos "usados no tratamento da covid" registraram aumento nas vendas. Ele acrescentou também que não houve reuniões sobre o tema com Ministério da Saúde, embora desconheça se houve encontros com outras autoridades do governo.
“Números que chegaram a esta Comissão Parlamentar de Inquérito demonstram que o faturamento passou de 15,7 milhões com ivermectina em 2019 para quase 470 milhões, um aumento de 29 vezes em relação ao ano anterior. Estão corretos esses números?”, perguntou Calheiros? Assista:
Após confirmar os valores apresentados, Jailton afirmou prontamente que nunca comercializou o medicamento com o Governo Federal. Na sequência, ele também informou ao relator que a empresa comercializa, além de ivermectina, outros medicamentos do “kit covid”, como polivitamínicos, corticóides, antitérmicos e analgésicos.
Ainda segundo o depoente, a expansão de 2.900% no lucro da farmacêutica em 2020 não se refere apenas ao aumento das vendas de ivermectina. “Todos os produtos compõem a formação do lucro, e nós temos cerca de 120 produtos no nosso portfólio. Não só a ivermectina, mas uma série de outros produtos tiveram maior demanda no período e isso compõem o resultado da companhia".
Mais tarde, o empresário afirmou ainda que todos os produtos "usados no tratamento da covid" registraram aumento nas vendas. Ele acrescentou também que não houve reuniões sobre o tema com Ministério da Saúde, embora desconheça se houve encontros com outras autoridades do governo.
Uso da ivermectina
A ivermectina faz parte do chamado 'kit covid', defendido por membros do governo federal que incentivam o tratamento precoce conta a covid-19. O medicamento é um antiparasitário e o seu uso para a prevenção ou tratamento do coronavírus é desencorajado por entidades médicas e farmacêuticas.
Questionado pelo relator Renan Calheiros acerca da bula do remédio, o deponte afirmou que, nas indicações "ele especifica que é um produto para pediculose e, portanto, muito utilizado para tratamento de verminose, sarna e piolho". Veja:
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