Vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), se manifesta sobre representação contra subprocuradora Roque de Sá/Agência Senado
Publicado 18/08/2021 18:43
Brasília - O vice-presidente da CPI da Covid, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), anunciou nesta quarta-feira, 18, que vai encaminhar uma representação contra a subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo no Conselho Nacional do Ministério Público Federal (CNMP).
O motivo é após a representante do órgão afirmar para o Supremo Tribunal Federal (STF) que não é possível comprovar a exata eficácia da máscara como forma de proteção contra a propagação do coronavírus.
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"A decisão ontem de Lindôra Araújo contraria totalmente a ciência, as recomendações da OMS, as recomendações da nossa Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), toda a lógica da ciência", disse Randolfe.
A manifestação sobre uso da máscara foi feita em pareceres assinados pela subprocuradora e enviados em resposta a dois pedidos de investigação contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pela falta do item. Os pedidos foram feitos pela presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), e de parlamentares do PSOL. Eles alegavam crimes de infração de medida sanitária preventiva, de emprego irregular de verbas públicas, de perigo para a vida ou saúde e submissão de menor a vexame ou constrangimento.
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"Essa conduta não se reveste da gravidade própria de um crime, por não ser possível afirmar que, por si só, deixe realmente de impedir introdução ou propagação da covid-19", escreveu ela.
O posicionamento da subprocuradora contraria a comunidade científica, que já atestou a importância do equipamento de proteção individual como medida preventiva central para frear o contágio pelo novo coronavírus.

Em junho, Bolsonaro relatou ter pedido a Queiroga um parecer para desobrigar uso de máscara a vacinados e quem já foi infectado. O ministro da Saúde, que usa máscara rotineiramente, disse, na ocasião, que o presidente queira instigar as pesquisas.
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