Ministro da Saúde Marcelo QueirogaCléber Mendes
Publicado 25/08/2021 15:54 | Atualizado 25/08/2021 18:10
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, voltou a afirmar nesta quarta-feira, 25, que a expectativa do ministério é de que até o final de outubro deste ano toda a população brasileira acima de 18 anos deve ser vacinada com duas doses da vacina contra covid-19. O ministro destacou que o avanço da imunização acontece devido à diminuição no intervalo de aplicação das duas doses da vacina, e o avanço na entrega de vacinas adquiridas pela Pasta.
O chefe da Saúde também reforçou que o Plano Nacional de Imunização (PNI) irá começar a recomendar a terceira dose para idosos, avaliando que a Pasta identificou o grupo como o mais vulnerável, sendo necessário a aplicação de uma dose reforço para o grupo. Segundo ele, o grupo deve ser vacinado, preferencialmente, com a vacina da Pfizer, imunizante com o qual o ministério tem uma quantidade maior de vacinas contratadas.
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Durante evento promovido pela XP Investimentos, o ministro ressaltou que a Pasta, mirando no avanço da imunização no País, deverá diminuir o intervalo de doses entre as vacinas da Pfizer e da AstraZeneca. De acordo com o ministro, o PNI, irá reduzir o intervalo entre as doses dos dois imunizantes de 12 para 8 semanas.
Apesar da redução do intervalo, Queiroga descartou que a aplicação em ínterim mais curto cause um desabastecimento de vacinas da AstraZeneca nos estoques do Ministério da Saúde.
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Segundo o ministro, a possibilidade de faltar doses é muito remota, mas caso aconteça, a Pasta avalia aplicar vacinas de outros fabricantes e realizar a intercambialidade de aplicação de imunizantes.
O ministro também avaliou positivamente o programa de imunização realizado no País. Com elogios ao presidente Jair Bolsonaro, Queiroga afirmou avaliou como pontos positivos o investimento do governo em pesquisa e o que chamou de uma adoção de uma "estratégia diversificada" na aquisição de vacinas.
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Soberania do PNI
Queiroga também afirmou que é preciso defender a "soberania" do PNI, alertando que estados e municípios devem seguir as orientações da pasta para definir quais os públicos que devem ser vacinados no atual momento da pandemia. O ministro foi enfático e disse que os estados precisam seguir o PNI, caso contrário devem sofrer com falta de vacinas.

Governo e estados tem como principal divergência no momento o público alvo da dose de reforço e a questão da vacinação de adolescentes. Esse grupo já começou a ser imunizado em algumas capitais apesar de ainda não haver orientação do PNI.
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"Se cada um quiser criar um regime próprio, o Ministério da Saúde não vai ter condição de entregar doses de vacinas. Se for diferente, vai faltar dose mesmo. Não vale ir para a Justiça (...) juiz não vai assegurar dose que não existe", disse Queiroga.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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