Publicado 18/01/2022 14:39
Brasília - A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News deve retomar os trabalhos em fevereiro, após quase dois anos de suspensão devido à pandemia de coronavírus. O colegiado investiga a propagação de informações falsas com fins políticos, com foco no disparo em massa de mensagens durante as eleições de 2018 e a ação coordenada de perfis que atacam a honra de pessoas e instituições democráticas.
Segundo a relatora da CPMI, deputada Lídice da Mata (PSB-BA), a comissão retorna com o desafio de compreender atualizações das tecnologias utilizadas para o disparo de fake news. A parlamentar afirmou que o colegiado deve empregar informações obtidas pela CPI da Covid e pela investigação em curso no Supremo Tribunal Federal (STF) - o inquérito das fake news, do qual o presidente Jair Bolsonaro é um dos alvos - para avançar nas investigações.
A parlamentar acrescentou, ainda, que a CPMI pode apontar caminhos para prevenir a circulação de fake news nas eleições deste ano, embora o foco de atuação deva ser mantido no pleito de 2018. "Nós poderemos usar as investigações já feitas antes de nós pelo Supremo e pela CPI da Covid, que em um momento chega a se encontrar com acusados da nossa CPMI", explicou a deputada. "Também, nesse período, surgem novos desafios do ponto de vista tecnológico para identificar práticas de fake news".
A comissão é composta por deputados e senadores. Em seu pouco tempo de trabalho, teve como principal foco a atuação do chamado "gabinete do ódio" - grupo ligado ao vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), um dos filhos do presidente -, que alimenta a militância mais radical do bolsonarismo nas redes sociais.
Tanto Carlos Bolsonaro como outros integrantes do "gabinete do ódio", como os assessores da presidência Tércio Arnaud Tomaz e Filipe Martins, tiveram o indiciamento pedido pela CPI da Covid por incitação a crime, propagação de desinformação e por estímulo ao descumprimento de regras sanitárias.
Ainda não há definição se o retorno das atividades da comissão será presencial ou virtual. Nesta segunda-feira, 17, o presidente da Câmara de Deputados, Arthur Lira (PP-AL), informou que os parlamentares da Casa trabalharão de forma remota até o carnaval. A CPMI das Fake News, contudo, acontece no espaço do Senado, que não anunciou restrições.
Tanto Carlos Bolsonaro como outros integrantes do "gabinete do ódio", como os assessores da presidência Tércio Arnaud Tomaz e Filipe Martins, tiveram o indiciamento pedido pela CPI da Covid por incitação a crime, propagação de desinformação e por estímulo ao descumprimento de regras sanitárias.
Ainda não há definição se o retorno das atividades da comissão será presencial ou virtual. Nesta segunda-feira, 17, o presidente da Câmara de Deputados, Arthur Lira (PP-AL), informou que os parlamentares da Casa trabalharão de forma remota até o carnaval. A CPMI das Fake News, contudo, acontece no espaço do Senado, que não anunciou restrições.
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