Publicado 30/01/2022 13:27
São Paulo - Depois de passar por reformas, o parque de diversões Hopi Hari, que fica na cidade de Vinhedo (SP), faturou R$ 98 milhões no ano passado com 32 milhões de EBITDA, sendo R$ 12 milhões de lucro. Para o presidente Alexandre Rodrigues, ainda que esteja em recuperação judicial desde 2016, os números mostram que o espaço não só se paga, como é rentável.
O parque superou todas as expectativas e números impressionam, se tornando um dos mais mais rentáveis e bem geridos do Brasil. Somente em 2021, Hopi Hari recebeu a visita de cerca de 4,9 mil pessoas diariamente, com um total de 733 mil visitantes. Isso porque, o parque só abriu as portas durante oito meses, por conta da pandemia. Neste ano, com a abertura integral, Alexandre estima que o espaço vai receber 1 milhão de pessoas e gerar uma receita de até R$ 160 milhões.
Segundo o presidente, desde que assumiu a gestão em 2019, ele e sua equipe tem feito melhorias, reformas e até organizado as finanças do parque. Ele afirmou, ainda, que sua gestão foi responsável por regularizar funcionários, pagar contas e contratos em atraso, além de quitar também salários e férias dos colaboradores. Além disso, outra medida de destaque é a regularização de débitos feitos após o processo de recuperação judicial. Por fim, Rodrigues relatou que o parque também está em processo de normalizar seu passivo tributário que, atualmente, está em cerca de R$ 400 milhões.
Essas medidas e os números positivos conquistados pela atual gestão devem ser apresentados para os credores da companhia em uma assembleia, na próxima quarta-feira, dia 2, na qual deve acontecer a votação do plano de recuperação judicial da empresa. Essa reunião acontece em meio a uma série de disputas judiciais.
Uma parte dos credores tinha conseguido uma autorização na Justiça para que a reunião pudesse analisar a substituição dos atuais administradores do parque, além de analisar o plano de recuperação judicial. No entanto, o pedido foi suspenso pelo Tribunal.
Também entrou em questão a possibilidade da assembleia analisar a proposta de um grupo de investidores, formado pelo Beto Carrero World, Playcenter e Wet'n Wild, Senpar, RTSC e KR Capital, que queriam comprar o parque e mandaram uma proposta poucos dias antes da data marcada para discutir o plano de recuperação. Entretanto, a atual gestão pediu que o tema não fosse discutido na assembleia, já que se trata de uma proposta de um grupo que não tem relação alguma com o processo de recuperação judicial. Esse pedido foi atendido pela Procuradoria-Geral de Justiça, que recomentou a proibição da participação de terceiros ou da análise de quaisquer propostas na reunião.
Para Alexandre Rodrigues, a proposta do grupo causaria um tumulto na assembleia, principalmente porque o grupo investidor é formado por concorrentes, que alegam não conhecer a decisão judicial que proíbe a análise de um plano de compra.
"Isto só mostra o total desconhecimento de todo o processo de Recuperação Judicial do Hopi Hari, pois este grupo alega desconhecimento, confessando total interesse de causar tumulto jurídico, querendo apenas a falência do Hopi Hari e buscar a compra do parque na bacia das almas", afirmou.
"Essa estratégia é no mínimo antiética, pois, como não estar a par de decisões importantes como esta, se estas são públicas? E ainda pretendem apresentar um plano para os credores em uma assembleia que eles não podem estar. Então, como levar a sério uma proposta deste grupo se o mesmo confessam o total desconhecimento dos números e conteúdos do processo de RJ do HH, nem mesmo estarem atualizados com este processo?", concluiu o presidente.
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