Publicado 02/02/2022 19:36 | Atualizado 02/02/2022 19:41
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, enviou um oficio ao Supremo Tribunal Federal (STF) afirmando que não cabe a ele, explicar o porque da secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos ter afirmado que a hidroxicloroquina é efetiva para o combate à Covid-19 e as vacinas não. De acordo com o titular da pasta, cabe ao secretário Hélio Angotti Neto, que assina o documento, prestar os esclarecimentos à Corte.
No dia 22 de janeiro, a secretaria comandada por Hélio Angotti Neto, contrariando a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a comunidade científica, emitiu uma nota onde dizia que as vacinas não têm demonstração de segurança.
Na última quarta-feira, 26, a ministra Rosa Weber deu cinco dias para que a nota seja esclarecida. No despacho, ela solicita ainda que Angotti se manifeste sobre ação do Partido Rede que pede a saída dele do cargo. Na ação enviada ao STF, a Rede diz que a nota técnica é: "Claramente contrária ao consenso científico internacional e afronta os princípios da cautela, precaução e prevenção – que deveriam ser o norte da bússola de qualquer gestor público no âmbito do enfrentamento de uma pandemia".
Em resposta, o ministro Marcelo Queiroga afirmou que não cabe ao ministério responder as indagações do Supremo, mas sim somente ao secretário Hélio Angotti.
“Destaco que as informações prestadas pela Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde SCTIE/MS serão enviadas a essa Excelsa Corte pelo Secretário Hélio Angotti Neto”, diz Queiroga, no ofício.
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