Publicado 10/02/2022 20:59
O presidente do PL e ex-deputado federal, Valdemar Costa Neto, afirmou que o "partido está aberto" para receber o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e abraçar sua candidatura a deputado federal pelo Rio de Janeiro nas eleições deste ano. Pazuello esteve 10 meses à frente da pasta, durante a explosão de casos de covid-19 no País, e foi indiciado por 5 crimes pela CPI da Covid, dentre eles emprego irregular de verbas públicas, prevaricação e crimes contra a humanidade.
"Não temos a confirmação [da filiação de Pazuello], mas o partido está aberto para ele", disse o presidente do PL ao Estadão. Desde a chegada do presidente Jair Bolsonaro e do senador Flávio Bolsonaro (RJ) em novembro de 2021, o partido aposta em uma onda de novas filiações, inclusive de deputados com mandatos vigentes. A previsão do comando do PL é que a bancada na Câmara dos Deputados aumente 62%, em março de 2022, período da janela partidária, passando de 42 para 70 parlamentares. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a sigla possui 761.560 filiados (dado mais recente disponível, do fim do ano passado).
A presença de Bolsonaro já tem surtido efeito. Figuras do mundo político já acertaram sua filiação ao partido, dentre eles o deputado federal Eduardo Bolsonaro (SP), o secretário especial de Cultura Mário Frias e o cantor de axé music Netinho. Os mais recentes anunciados da sigla foram a secretária de Gestão de Educação e Trabalho na Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, e o diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, amigo dos filhos do presidente. Todos pretendem disputar uma vaga na Câmara dos Deputados.
A ideia é que Pazuello concorra pelo PL do Rio de Janeiro, reduto eleitoral de Bolsonaro, e se candidate a uma vaga na Câmara. A informação foi divulgada pelo site Metrópoles. Apesar de o PL não confirmar a filiação, boatos sobre a candidatura já cresciam em Brasília e no Rio.
Da pandemia para a política
Como mostrou o Estadão, o general Pazuello e a 'Capitã Cloroquina', não são os únicos que ganharam destaque com a pandemia de covid-19 e agora tentam uma carreira política. A médica e defensora da hidroxicloroquina, Nise Yamaguchi, entre outros, querem tentar a sorte nas próximas eleições.
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