Publicado 14/02/2022 12:04
Brasília - Em meio a críticas à decisão do presidente Jair Bolsonaro (PL) de manter a ida à Rússia mesmo diante do aumento da tensão entre o governo de Vladimir Putin e a Ucrânia, o vice-presidente Hamilton Mourão minimizou o possível impacto diplomático e voltou a dizer que não vê problema na viagem do chefe do Executivo.
"Na semana passada (sic), o presidente da Argentina (Alberto Fernández) esteve lá, zero trauma", justificou o vice-presidente, ao chegar a seu gabinete nesta segunda-feira, 14.
Mourão afirmou que a tensão entre Rússia e Ucrânia é resultado das pressões de ambos os lados. "Na minha opinião, vai ficar nesse jogo de pressão. Então, a viagem do presidente é um dia só lá, sem maiores problemas", acrescentou. Em 9 de fevereiro, Mourão já havia dado declaração semelhante.
De acordo com a agenda oficial de Bolsonaro, a partida de Brasília para Moscou deve ocorrer às 18h. O presidente não tem nenhum outro compromisso público marcado para esta segunda-feira. Mourão, que assumirá como presidente em exercício durante a viagem de Bolsonaro, afirmou que deve conversar com o chefe do Executivo no final da tarde.
No sábado, 12, Bolsonaro confirmou a viagem a Moscou e citou a dependência brasileira dos fertilizantes russos. "Fui convidado pelo presidente Putin. O Brasil depende de fertilizantes da Rússia e da Bielorrúsia. Levaremos um grupo de ministros também para tratarmos de outros assuntos que interessam ao nosso País, energia, defesa e agricultura", afirmou o presidente em transmissão ao vivo nas redes sociais, após conceder entrevista ao ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho (PROS), na Rádio Tupi. "A gente pede a Deus que reine a paz no mundo para o bem de todos nós", acrescentou.
Possível conflito
Diante da iminência de um conflito, o grupo das sete principais economias do mundo, o G7, divulgou hoje um comunicado no qual se diz preparado para impor sanções econômicas e financeiras à Rússia, com consequências "maciças e imediatas", caso Moscou ataque militarmente a Ucrânia.
No final de semana, Putin e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conversaram por telefone. O líder americano reforçou que o país reagirá de forma dura a uma possível invasão da Rússia à Ucrânia. "Os líderes concordaram com a necessidade de continuar buscando a diplomacia e a dissuasão em resposta ao aumento militar da Rússia", informou a Casa Branca.
Citada por Mourão, a viagem do presidente da Argentina, Alberto Fernández, à Rússia ocorreu há duas semanas. O argentino foi recebido por Putin no dia 3 de fevereiro. Na pauta do encontro, estiveram assuntos como o panorama internacional, as relações russas com a América Latina, o envio das vacinas Sputnik V contra a covid-19 ao país sul-americano e as negociações de Buenos Aires com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Mourão afirmou que a tensão entre Rússia e Ucrânia é resultado das pressões de ambos os lados. "Na minha opinião, vai ficar nesse jogo de pressão. Então, a viagem do presidente é um dia só lá, sem maiores problemas", acrescentou. Em 9 de fevereiro, Mourão já havia dado declaração semelhante.
De acordo com a agenda oficial de Bolsonaro, a partida de Brasília para Moscou deve ocorrer às 18h. O presidente não tem nenhum outro compromisso público marcado para esta segunda-feira. Mourão, que assumirá como presidente em exercício durante a viagem de Bolsonaro, afirmou que deve conversar com o chefe do Executivo no final da tarde.
No sábado, 12, Bolsonaro confirmou a viagem a Moscou e citou a dependência brasileira dos fertilizantes russos. "Fui convidado pelo presidente Putin. O Brasil depende de fertilizantes da Rússia e da Bielorrúsia. Levaremos um grupo de ministros também para tratarmos de outros assuntos que interessam ao nosso País, energia, defesa e agricultura", afirmou o presidente em transmissão ao vivo nas redes sociais, após conceder entrevista ao ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho (PROS), na Rádio Tupi. "A gente pede a Deus que reine a paz no mundo para o bem de todos nós", acrescentou.
Possível conflito
Diante da iminência de um conflito, o grupo das sete principais economias do mundo, o G7, divulgou hoje um comunicado no qual se diz preparado para impor sanções econômicas e financeiras à Rússia, com consequências "maciças e imediatas", caso Moscou ataque militarmente a Ucrânia.
No final de semana, Putin e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conversaram por telefone. O líder americano reforçou que o país reagirá de forma dura a uma possível invasão da Rússia à Ucrânia. "Os líderes concordaram com a necessidade de continuar buscando a diplomacia e a dissuasão em resposta ao aumento militar da Rússia", informou a Casa Branca.
Citada por Mourão, a viagem do presidente da Argentina, Alberto Fernández, à Rússia ocorreu há duas semanas. O argentino foi recebido por Putin no dia 3 de fevereiro. Na pauta do encontro, estiveram assuntos como o panorama internacional, as relações russas com a América Latina, o envio das vacinas Sputnik V contra a covid-19 ao país sul-americano e as negociações de Buenos Aires com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
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