FiocruzLeonardo Oliveira/FioCruz
Publicado 17/02/2022 12:45
Rio - A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informou, nesta quinta-feira, 17, que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) apresentaram sinal de forte queda no país a longo prazo (últimas seis semanas) e de curto prazo (últimas três semanas). O Boletim InfoGripe divulgou que a análise compreende o período entre os dias 6 e 12 deste mês, com base com dados inseridos até o dia 14. 
O documento ressalta que apesar do resultado positivo apresentado na última semana, com tendência de queda dos casos SRAG nos estados, a Fiocruz diz que é possível observar que o crescimento das taxas no final de 2021 e início deste ano resultou em piora nos casos de SRAG por Covid-19 para crianças de 0 a 11 anos.
No caso dos idosos de 80 anos ou mais, a combinação entre epidemia de gripe junto à retomada de crescimento da Covid-19 no período resultou no maior número de casos de SRAG semanais, com cerca de 4,8 mil novos casos entre os dias 16 e 22 de janeiro, superando os cerca de 4,5 mil casos registrados da Semana Epidemiológica 9 ano anterior, avaliam os pesquisadores.
A Fiocruz observa que apenas nove das 27 unidades federativas apesentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) e 15 estados apresentam sinal de queda na tendência de longo prazo e estabilidade ou queda no curto prazo (últimas três semanas). Entre as capitais, dez das 27 apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo (últimas seis semanas), três apresentam sinal de crescimento apenas na tendência de curto prazo (últimas três semanas), em 12 há sinal de queda na tendência de longo prazo e em duas delas a tendência de curto prazo apresenta sinal moderado de crescimento.

De acordo com os indicadores de transmissão comunitária de SRAG apresentados no documento, todas as capitais se encontram em macrorregiões de saúde com nível alto ou superior, sendo a maioria em nível alto. Das 27 capitais, nenhuma integra macrorregião de saúde em nível pré-epidêmico ou epidêmico, 16 estão em macros em nível alto (Belém, Cuiabá, Florianópolis, Fortaleza, Macapá, Maceió, Manaus, Palmas, Porto Alegre, Porto Velho, Recife, Rio Branco, Rio de Janeiro, Salvador, São Luís e Vitória), nove em nível muito alto (Aracaju, Boa Vista, Brasília, Curitiba, Goiânia, João Pessoa, Natal, São Paulo e Teresina), e duas em nível extremamente alto (Belo Horizonte e Campo Grande).

Estados e DF

As 27 unidades federativas apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo (últimas 6 semanas) até a SE 6: Acre, Alagoas, Mato Grosso, Paraíba, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Rondônia. No Amapá observa-se sinal de crescimento apenas na tendência de curto prazo (últimas 3 semanas), com sinal de estabilidade em relação à análise de longo prazo. Em 15 estados observa-se sinal de queda na tendência de longo prazo: Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins. A tendência de curto prazo em todas essas unidades aponta sinal de estabilidade ou queda. Dentre os estados que apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo, Paraíba e Rio Grande do Sul apresentam sinal de queda na tendência de curto prazo, sugerindo possível início de reversão. No Rio de Janeiro há indício de possível interrupção da tendência de crescimento, com sinal de estabilidade na tendência de curto prazo.

Capitais

Nas capitais, dez das 27 apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) até a SE 6: Belém, Plano Piloto de Brasília e arredores, Boa Vista, Cuiabá, Goiânia, Natal, Palmas, Porto Velho, Rio Branco e Teresina. Em outras três observa-se sinal de crescimento apenas para a tendência de curto prazo (últimas três semanas): Curitiba, Macapá e São Luís. Em Belo Horizonte, Campo Grande, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, João Pessoa, Manaus, Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Luís, São Paulo e Vitória observa-se sinal de queda na tendência de longo prazo.
Em Belo Horizonte, Fortaleza, João Pessoa, São Paulo e Vitória o sinal de queda também está presente na tendência de curto prazo. Já em Curitiba e São Luís a tendência de curto prazo apresenta sinal moderado de crescimento.
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