Publicado 17/02/2022 22:00
Rio - A editora Lutas Anticapital acaba de lançar a obra Corda bamba: o lulismo como metamorfose e realização da estratégia democrático-popular, da cientista social e doutora em serviço social Isabel Mansur. Prefaciado por Sara Granemann e com orelha de Virgínia Fontes, o livro remonta o surgimento do lulismo e faz um balanço sobre o conceito.
A obra que é fruto da tese de doutorado da escritora, acaba de chegar nas livrarias físicas e digitais, mas teve as edições esgotadas durante a pré-venda e chamou atenção do conjunto da esquerda e de intelectuais consagrados do campo progressista brasileiro.
Para Roberto Leher, ex-reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a publicação é fundamental para o debate. “Isabel Mansur interpela, com rigor e criatividade, dilemas estratégicos da esquerda em um contexto em que, mais do que nunca, alternativas à barbárie exigem ação classista organizada”, disse.
Referência fundamental do Marxismo Brasileiro, a pesquisadora Virgínia Fontes explica o título do livro “Corda Bamba”. “A autora usa a poesia de Aldir Blanc e João Bosco para atingir em cheio o programa democrático-popular e faz um balanço rigoroso das análises sobre esse percursos e destaca os passos em falso do acrobata, ao desviar-se do enfrentamento do capital”, diz ela que foi responsável pela orelha da obra.
A coordenadora do Fórum de Mulheres Negras de Duque de Caxias e integrante do Movimento Negro Unificado (MNU) aponta a alucidação teórica do livro. “Quem ler poderá entender de forma simples, porém detalhada, o curso da história do Lula, do PT, além de absorver um inventário crítico e bem embasado sobre o Lulismo”, destacou a liderança do movimento de mulheres negras.
Segundo Íbis Pereira, Coronel da reserva da Polícia Militar do Rio de Janeiro e doutorando em História Política, Isabel Mansur publicou literatura de alta qualidade. “Não abriu mão do rigor metodológico e conseguiu reunir profundidade e clareza em um texto que a gente se maravilha”, declarou o ativista de Direitos Humanos.
Segundo Sara Granemann, que prefaciou o livro, a obra é fruto de 337 páginas da tese de Isabel Mansur, acrescidas de mais 19 outras preenchidas com referências bibliográficas, assim distribuídas: 140 livros e artigos acadêmicos, 58 documentos e resoluções (especialmente do Partido dos Trabalhadores – PT).”Por isso, ler este livro é um compromisso para entendermos e lutarmos no presente e para podermos mirar o futuro sem ilusões” finaliza a professora de economia política da UFRJ.
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