O Brasil conta com uma comunidade de 600 mil pessoas de origem ucraniana, e Anatoliy Tkach espera uma posição forte do governoDivulgação
Publicado 25/02/2022 13:43 | Atualizado 25/02/2022 13:45
Brasília - À espera de uma declaração contundente do governo brasileiro após a invasão de tropas militares da Rússia ao território ucraniano, Anatoliy Tkach, encarregado de negócios da embaixada da Ucrânia em Brasília, foi bem claro no discurso durante a coletiva de imprensa concedida nesta sexta-feira, e pediu ajuda humanitária da comunidade internacional.

"A última noite foi a pior noite que aconteceu na capital de Kiev desde 1941 quando os nazistas atacaram a cidade. (...) Precisamos de ajuda humanitária", afirmou.
O aumento da cobrança ocorre em meio ao silêncio do presidente Jair Bolsonaro. Além de não manifestar qualquer opinião ou condenação à invasão russa, o chefe do Executivo, que se encontrou com Vladimir Putin, no Kremlin, na semana passada, ainda desautorizou o vice-presidente, Hamilton Mourão, que reconheceu a soberania da Ucrânia e cobrou uma reposta contundente da comunidade internacional em retaliação à Rússia.
Principal representante da Ucrânia no Brasil, Anatoliy Tkach reuniu a imprensa na sede da embaixada do país, em Brasília, no segundo dia da invasão maciça das tropas russas em solo ucraniano. Com a ameaça de Golpe de Estado, a comunidade internacional cobra uma posição do Brasil, que conta com a quarta maior comunidade ucraniana do mundo, com cerca de 600 mil brasileiros originários do país invadido na última quinta-feira.
"Queremos que a reação seja mais forte. (...) Gostaríamos do apoio do Brasil. Nós estamos vendo o pronunciamento de muitas autoridades brasileiras. E o principal é que o Brasil está apoiando a solução política e diplomática do conflito. É necessário ter mais ações para voltar às negociações e para parar esse ataque contra o nosso país", disse.
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