Após a polícia ser acionada e comparecer ao local, o acusado proferiu ofensas à corporação e ainda resistiu à abordagemReprodução
Publicado 07/03/2022 19:28
Bahia - "Racista, racista", grita um grupo de pessoas em um vídeo que circula nas redes sociais. O alvo da acusação é um turista de São Paulo, de 50 anos, preso em flagrante por injúria racial e resistência.
O caso aconteceu na última quinta-feira, 3, no Restaurante Varanda Mucugê, em Arraial d'Ajuda, distrito de Porto Seguro, a 700 quilômetros de Salvador, na Bahia. Segundo testemunhas, o suspeito teria chamado um homem de 'macaco'.
Após a polícia ser acionada e comparecer ao local, o acusado proferiu ofensas à corporação e ainda resistiu à abordagem. Com isso, um dos policiais deu um mata-leão no homem para conseguir conduzi-lo à delegacia.
O momento foi registrado por alguns clientes do restaurante. De acordo com informações do proprietário do estabelecimento - que afirmou não ter visto os xingamentos -, o investigado teria discutido com a vítima na rua e pouco tempo depois de retornar ao restaurante foi abordado pela guarnição.
Nas imagens, enquanto a população dispara "saia da nossa terra", o homem diz: "estou dentro do meu direito". Após alguns segundos, ele pede "filma, filma, ele [policial] está me enforcando". Um homem que estava acompanhando o acusado, se levanta da mesa e tenta conversar com os policiais e o suspeito.
Após quase dois minutos de abordagem, o turista é levado para a viatura. Com gritos e aplausos, a PM é ovacionada pelas pessoas. Ele foi encaminhado para a Delegacia Territorial de Porto Seguro e liberado após pagar uma fiança de R$ 5 mil.
As identidades da vítima e do acusado não foram reveladas pela Polícia Civil. Até a publicação deste texto, a reportagem do Estadão não conseguiu contato com o suspeito.
O restaurante, onde o acusado foi preso, publicou uma nota nas redes sociais. "O Varanda Mucugê esclarece que não tem qualquer tipo de envolvimento com o ocorrido na noite de ontem. Repudiamos qualquer tipo de preconceito e discriminação, e não compactuamos com os atos ou atitudes tomadas pelo cidadão envolvido no lamentável ocorrido em questão."
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