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Publicado 17/03/2022 17:00
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou nesta quinta-feira, 17, que houve uma alta na incidência de casos de crianças com Vírus Sincicial Respiratório (VSR) na faixa etária 0-4 anos, além da interrupção de queda nos casos associados ao Sars-CoV-2 (Covid-19) na faixa de 5-11 anos.
Entre a população adulta, notou-se desaceleração gradual na taxa de queda de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), indicando possível entrada em novo regime de estabilidade, com exceção da população de acima de 70 anos que ainda apresenta queda semanal expressiva, por ter sofrido maior impacto durante o pico do início do ano. A análise compreende o período entre 6 de fevereiro ao dia 12 deste mês, da Semana Epidemiológica (SE) 10.
Nesse sentido, os dados referentes aos resultados laboratoriais por faixa etária seguem apontando para amplo predomínio do vírus Sars-CoV-2, com positividade expressiva em relação ao total de casos semanais de SRAG. O documento aponta um sinal forte de queda na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) e sinal moderado na tendência de curto prazo (últimas três semanas). Indício de possível início de estabilização em patamar similar ao registrado ao final de outubro de 2021, quando foi registrou o menor número de novos casos semanais desde o início de epidemia de Covid-19 no Brasil. A estimativa é de, aproximadamente, 5 mil casos entre 6 de fevereiro e 12 deste mês.

Nas quatro últimas semanas, a prevalência entre os casos com resultado positivo para vírus respiratórios foi de 0,8% para Influenza A, 0,2% para Influenza B, 6,5% para VSR, e 86,7% para Covid-19. Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 0,5% para Influenza A, 0,0% para Influenza B, 0,4%para VSR, e 97,3% para Covid-19.
Unidades da Federação

Em três das 27 unidades federativas observa-se sinal de crescimento na tendência de longo prazo até a semana 10: Distrito Federal, Espírito Santo e Roraima. Todas as demais apresentam sinal de queda na tendência de longo prazo. No entanto, quatro delas apresentam sinal de crescimento apenas na tendência de curto prazo: Ceará, Maranhão, Sergipe e Tocantins.
Em todas as localidades que apontam algum sinal de crescimento, os dados por faixa etária sugerem tratar-se de cenário restrito à população infantil. Na população adulta mantém-se sinal de queda ou estabilidade. Esse aumento de casos entre crianças também se observa em diversos dos demais estados, ainda que não se traduza em sinal de crescimento no dado agregado para a população em geral.
Capitais

Na presente atualização, observa-se que apenas duas das 27 capitais apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo até a semana 10: Boa Vista (RR) e Fortaleza (CE). Em outras três observa-se sinal de crescimento somente na tendência de curto prazo: João Pessoa (PB), Porto Velho (RO) e Salvador (BA). Em Fortaleza, João Pessoa e Salvador os dados por faixa etária sugerem se tratar de aumento significativo concentrado fundamentalmente nas crianças e adolescentes (0-9 e 10-19 anos).
Nas demais, o sinal ainda é compatível com oscilação após de interrupção de queda. Esse crescimento entre crianças também se observa em diversas das demais capitais que não apresentam sinal de crescimento para a população em geral.

Com exceção das capitais Boa Vista (RR) e Fortaleza (CE), que indicam sinal de crescimento na tendência de longo prazo, e Cuiabá (MT), Rio de Janeiro e Vitória (ES) que apresentam sinal de estabilidade, todas as demais apresentam sinal de queda de longo prazo nessa mesma tendência. Já análise referente às últimas três semanas apontam para um cenário majoritariamente de estabilidade, sugerindo possível desaceleração ou interrupção da tendência de queda.
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