Publicado 19/03/2022 14:21
Brasília - O deputado federal Eduardo Bolsonaro (SP) e a deputada federal Bia Kicis (DF) assinaram neste sábado, 19, suas filiações ao Partido Liberal (PL), sigla escolhida pelo presidente Jair Bolsonaro para disputar a reeleição ao Planalto neste ano. O chefe do Executivo acompanhou o evento de filiação na sede da legenda, em Brasília.
Ambos deixaram o União Brasil, sigla que uniu o PSL e o DEM, além do deputado Coronel Armando (SC). O lançamento da pré-candidatura de Bolsonaro ao Palácio do Planalto será no próximo domingo, 27.
"Esse é um novo movimento que está surgindo no Distrito Federal (DF). Muitas pessoas ligadas a outros partidos abandonaram para vir para o PL, porque querem apoiar a pauta conservadora e o presidente Jair Bolsonaro. Estaremos todos juntos no lançamento da pré-campanha dele", disse Bia Kicis.
Segundo a deputada, com os últimos mutirões de candidatura ao PL, o partido já teria a maior bancada no Congresso, com mais de 60 parlamentares. "O União, que começou grande, acho que já perdeu mais de 20, e o PL deve chegar a 68."
Bia Kicis disse que não sente nenhum constrangimento ao se filiar ao partido, cujo presidente, Waldemar da Costa Neto, foi condenado por corrupção no esquema do mensalão. "Não temos partido ideal, conservador. Tentamos muito criar o Aliança do Brasil. Todo mundo precisa de partido estruturado e forte", contou a parlamentar. "Estou muito feliz de vir para o PL. Vai dar estrutura para mim e toda turma que quer mudar o Brasil", continuou.
Kicis comentou ainda a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, de bloquear o aplicativo Telegram, e disse que há censura a conservadores no país. "É muito mais que o Telegram, todas as plataformas nos calam. Temos inquéritos absolutamente inconstitucionais, ilegais, perseguindo pessoas simplesmente porque apoiam o presidente Bolsonaro", afirmou a deputada.
Na madrugada deste sábado, a Advocacia-Geral da União (AGU) pediu ao Supremo Tribunal Federal que determine que as penalidades previstas no Marco Civil da Internet, norma que fundamentou a decisão de suspensão do Telegram, não possam ser impostas por "inobservância de ordem judicial", como ocorreu no caso do aplicativo russo.
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