Publicado 24/03/2022 19:29
A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, foi convencida pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) a recuar e será, sim, candidata nas eleições de outubro. O cargo e o Estado ainda estão em aberto, mas o partido já foi definido: é o Republicanos, em um acordo que envolve a manutenção da legenda na base do governo e na aliança eleitoral bolsonarista. A filiação está marcada para a próxima segunda-feira, 28.
Como mostrou o Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, Damares comunicou ao presidente na segunda-feira que havia desistido da disputa, diante das dificuldades de conseguir partido e espaço político na sua primeira opção, o Amapá do senador Davi Alcolumbre (União Brasil), candidato à reeleição e principal adversário da ministra no Estado. Mas Bolsonaro não se deu por vencido e afirmou, no mesmo dia, que tentaria contornar a decisão. E conseguiu.
De acordo com um auxiliar de Damares, o presidente disse a ela que precisaria de sua candidatura para um projeto maior: ampliar a bancada governista do Congresso em um eventual segundo mandato e selar a aliança com o Republicanos, em um pacto que ainda envolve a filiação ao partido do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, pré-candidato ao governo de São Paulo. "Ela tinha desistido, mas o presidente é o capitão e Damares é leal a ele", disse um interlocutor de Bolsonaro.
O Republicanos vinha se distanciando do governo como forma de pressionar por mais espaço na máquina pública e na aliança eleitoral. O presidente da legenda, Marcos Pereira, declarou em entrevistas que poderia deixar a bancada livre para apoiar outro candidato à Presidência, o que ligou o alerta no Palácio do Planalto. Na semana passada, durante o ato de filiação do vice-presidente Hamilton Mourão à legenda, Pereira já sinalizou a mudança de ventos.
Como mostrou o Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, Damares comunicou ao presidente na segunda-feira que havia desistido da disputa, diante das dificuldades de conseguir partido e espaço político na sua primeira opção, o Amapá do senador Davi Alcolumbre (União Brasil), candidato à reeleição e principal adversário da ministra no Estado. Mas Bolsonaro não se deu por vencido e afirmou, no mesmo dia, que tentaria contornar a decisão. E conseguiu.
De acordo com um auxiliar de Damares, o presidente disse a ela que precisaria de sua candidatura para um projeto maior: ampliar a bancada governista do Congresso em um eventual segundo mandato e selar a aliança com o Republicanos, em um pacto que ainda envolve a filiação ao partido do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, pré-candidato ao governo de São Paulo. "Ela tinha desistido, mas o presidente é o capitão e Damares é leal a ele", disse um interlocutor de Bolsonaro.
O Republicanos vinha se distanciando do governo como forma de pressionar por mais espaço na máquina pública e na aliança eleitoral. O presidente da legenda, Marcos Pereira, declarou em entrevistas que poderia deixar a bancada livre para apoiar outro candidato à Presidência, o que ligou o alerta no Palácio do Planalto. Na semana passada, durante o ato de filiação do vice-presidente Hamilton Mourão à legenda, Pereira já sinalizou a mudança de ventos.
Tarcísio acerta filiação ao Republicanos para disputar governo de São Paulo
Pré-candidato ao governo de São Paulo, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, acertou sua filiação ao Republicanos. O Estadão/Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) apurou que as conversas avançaram para um acordo definitivo, embora não tenha sido formalizado ainda, e o ministro fará parte da sigla comandada pelo deputado federal Marcos Pereira . O ato deve acontecer na próxima semana, já que o prazo de filiação partidária e da renúncia do ministro para disputar cargos eletivos vai até o dia 2 de abril.
As tratativas representam uma virada de chave, já que nas últimas semanas a ida ao PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, era dada como mais provável, inclusive pelo próprio Tarcísio. A sustentação à campanha de Bolsonaro, no entanto, mexeu nesse cenário. Segundo interlocutores, a avaliação é de que a filiação de Tarcísio ao Republicanos ajudará numa costura nacional de apoio nacional à reeleição do chefe do Executivo.
Nos últimos tempos, a relação entre Bolsonaro e o partido revelava sinais de desgaste. Parte do Centrão, o Republicanos vinha demonstrando insatisfação com a falta de espaço no governo, como mostrou o Estadão/Broadcast. Em fevereiro, Marcos Pereira chegou a criticar Bolsonaro publicamente. O tom começou a mudar nas últimas semanas. Durante o ato de filiação de Mourão ao Republicanos, no último dia 16, Pereira afirmou que as conversas com Bolsonaro estavam avançando.
A possível filiação de Tarcísio ao Republicanos deve representar um sinal verde importante para frear o desembarque da sigla na empreitada pela reeleição de Bolsonaro - com um palanque de destaque, como é o de São Paulo. Além disso, mexerá no tabuleiro da eleição paulista, com o consequente abandono do partido no apoio a candidatura do hoje vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB), que também entrará na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes.
Para formar a chapa encabeçada por Tarcísio, a deputada Janaína Pascoal (PRTB-SP) e o ex-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) Paulo Skaf continuam como os principais cotados a candidatos ao Senado. O apresentador José Luiz Datena (União Brasil) também estava na lista, mas por enquanto a aliança é descartada, após Datena fechar chapa com Garcia.
As tratativas representam uma virada de chave, já que nas últimas semanas a ida ao PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, era dada como mais provável, inclusive pelo próprio Tarcísio. A sustentação à campanha de Bolsonaro, no entanto, mexeu nesse cenário. Segundo interlocutores, a avaliação é de que a filiação de Tarcísio ao Republicanos ajudará numa costura nacional de apoio nacional à reeleição do chefe do Executivo.
Nos últimos tempos, a relação entre Bolsonaro e o partido revelava sinais de desgaste. Parte do Centrão, o Republicanos vinha demonstrando insatisfação com a falta de espaço no governo, como mostrou o Estadão/Broadcast. Em fevereiro, Marcos Pereira chegou a criticar Bolsonaro publicamente. O tom começou a mudar nas últimas semanas. Durante o ato de filiação de Mourão ao Republicanos, no último dia 16, Pereira afirmou que as conversas com Bolsonaro estavam avançando.
A possível filiação de Tarcísio ao Republicanos deve representar um sinal verde importante para frear o desembarque da sigla na empreitada pela reeleição de Bolsonaro - com um palanque de destaque, como é o de São Paulo. Além disso, mexerá no tabuleiro da eleição paulista, com o consequente abandono do partido no apoio a candidatura do hoje vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB), que também entrará na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes.
Para formar a chapa encabeçada por Tarcísio, a deputada Janaína Pascoal (PRTB-SP) e o ex-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) Paulo Skaf continuam como os principais cotados a candidatos ao Senado. O apresentador José Luiz Datena (União Brasil) também estava na lista, mas por enquanto a aliança é descartada, após Datena fechar chapa com Garcia.
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.