Publicado 26/03/2022 17:06
Brasília, 26 (AE) - O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste sábado a apoiadores e jornalistas, durante visita a uma pastelaria no Distrito Federal, que o evento do PL deste domingo, 27, será o lançamento de sua pré-candidatura. No entanto, como mostrou reportagem do Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, a sigla transformou a agenda em um ato de filiação em massa para evitar eventuais descumprimentos da lei eleitoral.
"É o lançamento da pré-candidatura. Não começa a campanha ainda. A campanha é 45 dias antes, mas é para mostrar que eu sou candidato à reeleição", declarou o presidente neste sábado.
A advogada Caroline Lacerda, sócia do escritório de Tarcísio Vieira de Carvalho Neto, que atende a campanha de Bolsonaro, confirmou na quarta-feira à reportagem a reestruturação do evento por cautela jurídica. "A lei eleitoral não fala de pré-lançamento de campanhas, não existe nenhuma norma sobre isso O evento do PL tinha sido pensado para ser algo desse jeito, mas, por não ter previsão legal, eles preferiram mudar", disse Carolina.
O evento do PL está marcado para começar amanhã às 10 horas no Centro Internacional de Convenções de Brasília (CICB).
Neste sábado, Bolsonaro deixou o Palácio do Alvorada logo cedo e fez um passeio de moto pelo Distrito Federal e por Goiás. Passou por uma igreja, mercados e um campinho de futebol, sempre para conversar com apoiadores.
Na pastelaria em que fez os comentários sobre o PL, Bolsonaro ainda afirmou que o ministro do Turismo, Gilson Machado, é o "melhor ministro do Turismo até hoje". "Ele está sinalizando cada vez mais um número enorme de turistas de fora do Brasil para cá. A Europa está com problema, o que está sobrando é o Brasil", disse o presidente.
Gilson Machado deixará o cargo nesta semana para disputar uma vaga de senador por Pernambuco. O mais cotado para assumir a pasta é o presidente da Embratur, Carlos Britto.
O chefe do Executivo também voltou a lamentar o salto do preço do petróleo no exterior, que impacta os reajustes de preços da Petrobras. "Em três meses, agora, entrou mais dólares no Brasil que no ano passado todinho. O dólar está afundando. Lamentamos o preço do petróleo que está subindo bastante, influencia no preço aqui de dentro". Depois do passeio de moto da manhã, Bolsonaro retornou ao Palácio da Alvorada.
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