Publicado 28/03/2022 14:36 | Atualizado 28/03/2022 14:37
Rio de Janeiro - O ministro da Educação, Milton Ribeiro, deve deixar o cargo até esta terça-feira, 29, segundo interlocutores do presidente Jair Bolsonaro (PL). O afastamento teria como objetivo preservar a imagem do chefe do Executivo durante o ano eleitoral, já que novas denúncias podem vir a público.
De acordo com as informações divulgadas nesta segunda-feira, 28, pelo comentarista de política e economia da Globo News, Valdo Cruz, o presidente teria apresentado resistência em trocar o chefe da pasta, mas teria sido convencido por seus aliados a fazer isso.
Se a história se confirmar, essa será a quarta troca de nomes à frente do MEC na gestão de Bolsonaro. No lugar de Milton, entraria o secretário-executivo Godoy Veiga.
A crise na pasta aconteceu após a divulgação de um áudio em que o ministro afirma ter sido orientado por Bolsonaro a dar preferência no repasse de verbas públicas aos municípios indicados pelos pastores Arilton Moura e Gilmar Santos. Com a repercussão do caso, lideranças evangélicas começaram a cobrar o afastamento de Milton, devido ao desgaste político que a situação gera. Um desses pedidos foi feito pelo deputado federal Marco Feliciano, que mandou uma mensagem ao chefe do MEC pelo seu perfil no Twitter nesta segunda-feira.
"Quando o senhor precisou, em sua indicação, eu o defendi. Quando errou empregando esquerdistas, eu o repreendi. Hoje peço, por favor, se licencie até o término das investigações, pois nós, evangélicos, estamos sangrando. Sendo provada a inocência, retorne ao cargo", escreveu o deputado.
Alguns aliados do governo defendem que Milton peça licença do cargo, mas a preferência, segundo os interlocutores, é pela demissão. Até o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, estaria se afastando do chefe do MEC, seu afilhado político.
Pessoas próximas ao ministro da Educação afirmam que ele ficou abalado com a falta de apoio dos seus aliados, principalmente dos evangélicos.
As expectativas são de que o ministro, que teria afirmado não ter apego ao cargo, deixe o governo até amanhã.
Investigações
Desde que o escândalo veio à tona, pelo menos dois pedidos de investigação sobre o caso já foram feitos. Na quinta-feira, 24, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a abertura de um inquérito contra Milton, a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR).
De acordo com as informações divulgadas nesta segunda-feira, 28, pelo comentarista de política e economia da Globo News, Valdo Cruz, o presidente teria apresentado resistência em trocar o chefe da pasta, mas teria sido convencido por seus aliados a fazer isso.
Se a história se confirmar, essa será a quarta troca de nomes à frente do MEC na gestão de Bolsonaro. No lugar de Milton, entraria o secretário-executivo Godoy Veiga.
A crise na pasta aconteceu após a divulgação de um áudio em que o ministro afirma ter sido orientado por Bolsonaro a dar preferência no repasse de verbas públicas aos municípios indicados pelos pastores Arilton Moura e Gilmar Santos. Com a repercussão do caso, lideranças evangélicas começaram a cobrar o afastamento de Milton, devido ao desgaste político que a situação gera. Um desses pedidos foi feito pelo deputado federal Marco Feliciano, que mandou uma mensagem ao chefe do MEC pelo seu perfil no Twitter nesta segunda-feira.
"Quando o senhor precisou, em sua indicação, eu o defendi. Quando errou empregando esquerdistas, eu o repreendi. Hoje peço, por favor, se licencie até o término das investigações, pois nós, evangélicos, estamos sangrando. Sendo provada a inocência, retorne ao cargo", escreveu o deputado.
Alguns aliados do governo defendem que Milton peça licença do cargo, mas a preferência, segundo os interlocutores, é pela demissão. Até o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, estaria se afastando do chefe do MEC, seu afilhado político.
Pessoas próximas ao ministro da Educação afirmam que ele ficou abalado com a falta de apoio dos seus aliados, principalmente dos evangélicos.
As expectativas são de que o ministro, que teria afirmado não ter apego ao cargo, deixe o governo até amanhã.
Investigações
Desde que o escândalo veio à tona, pelo menos dois pedidos de investigação sobre o caso já foram feitos. Na quinta-feira, 24, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a abertura de um inquérito contra Milton, a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR).
No dia seguinte, sexta-feira, 25, a Polícia Federal (PF) abriu um inquérito para apurar a suspeita de irregularidades no repasse das verbas do MEC. Dessa vez, a decisão atendeu a um pedido da Controladoria-Geral da União (CGU), que enviou à PF o resultado de sua investigação interna.
Na próxima quinta-feira, 31, Milton Ribeiro deve comparecer à Comissão de Educação e Cultura do Senado para prestar depoimento sobre as denúncias de propina pedidas pelos pastores.
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