Publicado 31/03/2022 13:17 | Atualizado 31/03/2022 13:50
Brasília - O presidente Jair Bolsonaro (PL) ampliou sua artilharia contra o Supremo Tribunal Federal (STF). Mesmo sem citar diretamente a Corte, Bolsonaro disse nesta quinta-feira, 31, que não se pode "aceitar o que vem acontecendo passivamente". "Temos inimigos, sim. São poucos, de todos nós no Brasil, e habitam essa região dos Três Poderes", declarou o presidente em cerimônia no Palácio do Planalto. Em seguida, retomou sua campanha pelo voto impresso ao pedir "transparência" nas urnas eletrônicas.
O ataque ao STF ficou ainda mais claro quando Bolsonaro defendeu o deputado Daniel Silveira, que sofre medidas restritivas da Justiça por ataque à democracia. "É muito fácil falar Daniel Silveira, cuida da tua vida. Não vou falar isso", declarou. "Ele pode ser preso a qualquer momento, não é comigo, deixa para lá.. Vai chegar em você", seguiu, como se estivesse utilizando um exemplo aleatório. "Pode ter seus bens confiscados?", acrescentou, em nova referência indireta.
De acordo com Bolsonaro, o Brasil não vai para frente porque alguns atrapalham. "O que falta? Que alguns poucos não nos atrapalhem. Se não tem ideias, cale a boca! Bota a tua toga e fica aí sem encher o saco dos outros! Como atrapalham o Brasil", disse. "Democracia e liberdade são batalha diária."
O presidente ainda disse que tem a obrigação de exigir transparência no voto. "Agora proibiram duvidar de urna eletrônica", afirmou. Ele prometeu agir, embora sem explicar como. "Não pode ter conselheiros ao teu lado dizendo o tempo todo: calma, calma, espera o momento oportuno. Calma é o cacete, pô".
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