Publicado 31/03/2022 15:51
Brasília - O ministro da Defesa, general Walter Souza Braga Netto, deixou a pasta nesta quinta-feira, 31, e assumiu como assessor especial do presidente Jair Bolsonaro (PL). Braga Netto é cotado para o cargo de vice-presidente em chapa com o chefe do Executivo, que se prepara para concorrer à reeleição.
A exoneração do general atende à lei eleitoral que determina que ministros que desejam concorrer a cargos eletivos deixem os postos que ocupam até seis meses antes das eleições. Este ano, o prazo vai até este sábado, 2. Com a saída do ministro, chegam a dez as mudanças ministeriais do governo Bolsonaro apenas nesta quinta.
No lugar de Braga Netto entra o comandante do Exército, Paulo Sérgio Nogueira. À frente das Forças Armadas entra o general Marco Antônio Freire Gomes, que era comandante de Operações Terrestres.
Na segunda-feira, 28, Braga Netto se filiou ao Partido Liberal (PL), mesmo partido de Bolsonaro, que teria escolhido o militar como vice por considerá-lo um homem de confiança. A indicação, no entanto, não teria agradado os integrantes do Centrão, que preferem alguém com mais força na política.
Ainda assim, o presidente se mostra satisfeito com a sua escolha. "Eu tenho que ter um vice que não tenha ambições de assumir a minha cadeira ao longo de um mandato", afirmou Bolsonaro recentemente. "O Braga Netto eu conheço há algum tempo, me dou muito bem com ele. É um homem cotado para qualquer coisa", completou.
Ditadura Militar
Antes de deixar o cargo, Braga Netto elogiou a Ditadura Militar de 1964 na Ordem do Dia desta quinta-feira, que é lida nas unidades militares do país. No texto, o ministro da Defesa afirma que o período histórico gerou o “fortalecimento da democracia”. O texto também foi assinado pelos comandantes do Exército, Marinha e Força Aérea.
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