Frias, que tem posicionamento bem aliados ao do chefe do Executivo, foi nomeado para chefiar a secretaria em junho de 2020, após a saída da atriz Regina DuarteDivulgação
Publicado 31/03/2022 16:29 | Atualizado 31/03/2022 16:46
O secretário especial de Cultura, Mario Frias, foi um dos aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) também exonerado do cargo nesta quinta-feira, 31, para disputar as eleições deste ano. Além dele, Sérgio Camargo saiu da presidência da Fundação Palmares para concorrer a um cargo no Congresso Nacional.
No lugar, Hélio Ferraz de Oliveira, que era secretário-adjunto da secretaria, foi nomeado para ocupar o cargo de Frias. A determinação foi publicada na edição desta quinta no Diário Oficial da União (DOU) e assinada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e pelo diretor-presidente da Embratur, Carlos Alberto Gomes de Brito.
Neste mês, o ex-secretário de Cultura se filiou ao PL, mesmo partido do presidente Bolsonaro, e anunciou que seria pré-candidato a deputado federal por São Paulo. Frias, que tem posicionamento bem aliados ao do chefe do Executivo, foi nomeado para chefiar a secretaria em junho de 2020, após a saída da atriz Regina Duarte. Ele se tornou o quinto a ocupar a cadeira no governo de Bolsonaro.
Na semana passada, dia 24, a Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal aprovou um requerimento de convite para explicar os gastos em viagem oficial aos Estados Unidos. No entanto, a data da audiência ainda não havia sido marcada.
O senador Jean Paul Prates, do PT do Rio Grande do Norte, quer explicações sobre uma viagem de Frias a Nova York em dezembro do ano passado, paga com dinheiro público. Segundo o parlamentar, Frias viajou com o secretário adjunto, Hélio Ferraz, de classe Executiva, o que somado a cinco diárias em Nova York totalizou R$ 78 mil.
De acordo com o Portal da Transparência, o motivo da viagem seria discutir uma produção audiovisual com o lutador de jiu-jitsu Renzo Gracie, conhecido por ter recentemente pronunciado, publicamente, lemas nazistas. No site oficial, a viagem foi considerada urgente, por ter sido marcada com menos de 15 dias de antecedência. Na avaliação de Prates, os gastos são exorbitantes e é preciso prestar contas sobre a motivação da viagem.
A Comissão também quer esclarecimentos sobre a ida de seu subordinado, o subsecretário de Fomento e Incentivo à Cultura, André Porciúncula, a Los Angeles, em janeiro deste ano. Considerado braço direito de Frias na pasta, ele foi responsável pelo novo desenho da Lei Rouanet. Segundo o Portal da Transparência, a viagem custou 60 mil reais aos cofres públicos, já que Porciúncula teria embarcado com outros dois funcionários do Governo. Para Jean Paul, a audiência será uma oportunidade para que Frias esclareça as atividades do Ministério.
Nesta quinta, também foi publicada no DOU a exoneração de Alexandre Ramagem Rodrigues, do cargo de diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e de Jorge Seif, do cargo de Secretário de Aquicultura e Pesca.
*Com informações da Agência Senado 
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