Publicado 01/04/2022 16:41
Brasília - O Ministério da Saúde aprovou nesta sexta-feira, 1º, a incorporação do primeiro medicamento para o tratamento da Covid-19 no Sistema Único de Saúde (SUS). A decisão, assinada pela Secretaria de Ciência e Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE), foi publicada no Diário Oficial da União. O medicamento baricitinibe será disponibilizado para tratamento de pacientes adultos hospitalizados que necessitam de oxigênio por máscara ou cateter nasal.
O baricitinibe já tem registro no Brasil para o tratamento de artrite reumatoide ativa moderada a grave e dermatite atópica moderada a grave.
O medicamento já havia sido aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como tratamento para casos graves da doença e teve recomendação de incorporação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec). Durante o processo de análise da Conitec, o tema foi submetido à consulta pública, entre os dias 15 e 24 de março, para contribuições de especialistas e da sociedade em geral.
A recomendação final da comissão, favorável à adoção do produto, foi tomada em reunião extraordinária, convocada na última quarta-feira, 30. Os estudos analisados pelo grupo apontam que o uso do medicamento pode contribuir para uma redução significativa de mortes por Covid-19 de pacientes adultos hospitalizados e que necessitam de oxigênio por máscara ou cateter nasal. Ele também pode ser útil para aqueles que precisam de alto fluxo de oxigênio ou ventilação não invasiva.
O baractinibe atua sobre o sistema imune, auxiliando no processo de recuperação de quadros inflamatórios. De forma mais específica, ele diminui a ação da interleucina-6 (IL-6), substância ligada à ocorrência de reações inflamatórias geradas por diversas doenças e se apresenta com níveis elevados em casos mais graves da doença.
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