Publicado 01/04/2022 18:51 | Atualizado 01/04/2022 20:00
O ex-juiz Sergio Moro afirmou nesta sexta-feira, 1º, que "não desistiu de nada". A declaração ocorreu durante uma coletiva, um dia após ver seus novos colegas de partido publicarem nota vetando sua candidatura à presidência da República pelo União Brasil. O ex-ministro e ex-juiz declarou ainda que não será candidato a deputado federal.
"Preciso esclarecer a todos que eu não desisti de nada, muito menos do meu sonho de mudar o Brasil. Pelo contrário, sigo firme na construção de um projeto para o país. O Brasil está em um ano eleitoral decisivo, no qual iremos escolher que tipo de país queremos ser", declarou Moro.
A possibilidade vinha sendo cogitada como alternativa após Moro trocar o Podemos pelo União Brasil com a condição de que não disputasse o Palácio do Planalto. Em pronunciamento, o também ex-juiz federal negou que vá concorrer a uma vaga na Câmara para obter foro privilegiado.
"Não tenho ambição por cargos. Se tivesse, teria permanecido juiz federal ou ministro da Justiça. Não tenho necessidade de foro ou outros privilégios que sempre repudiei e defendo a extinção. Aliás, não serei candidato a deputado federal", afirmou.
O ex-ministro defendeu, ainda, uma candidatura única da chamada terceira via e pediu "gestos de desprendimento" daqueles que se colocam como alternativa à polarização eleitoral entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL).
"Filiei-me ao União Brasil com a intenção de auxiliar a unificação do centro democrático. Fui a primeira liderança a fazer esse gesto político em prol da unificação do centro democrático. Não colocarei meus interesses pessoais à frente dos interesses do país", disse.
"Filiei-me ao União Brasil com a intenção de auxiliar a unificação do centro democrático. Fui a primeira liderança a fazer esse gesto político em prol da unificação do centro democrático. Não colocarei meus interesses pessoais à frente dos interesses do país", disse.
Segundo pessoas próximas ao ex-ministro, o pronunciamento foi uma resposta à políticos do União que se uniram para barrar a sua pré-candidatura à Presidência na última quinta-feira, 30.
Moro pediu também "atos de desprendimento", de Luiz Felipe d'Avila (Novo), João Doria (PSDB), Eduardo Leite (PSDB), Simone Tebet (MDB), André Janones (Avante), e de lideranças partidárias, para "fazer prosperar essa articulação democrática". Ele atribuiu ao presidente do União Brasil, Luciano Bivar, os esforços de liderar a união da terceira via.
Ao anunciar a filiação ao novo partido, ontem, Moro disse que abria mão, "neste momento", da pré-candidatura à Presidência. Ao trocar de sigla, ele também mudou o domicílio eleitoral, do Paraná para São Paulo, como revelou o Broadcast Político. "Serei um soldado da democracia para recuperar o sonho de um Brasil melhor", afirmou, em nota.
Moro chegou a ser apresentado como pré-candidato à Presidência quando se filiou ao Podemos, em novembro passado, mas enfrentava resistências no partido, sobretudo dos deputados, que não estavam dispostos a ceder parte do fundo eleitoral para a campanha ao Planalto. O ex-ministro da Justiça aparecia em terceiro lugar na disputa presidencial, com cerca de 8% das intenções de votos.
Moro chegou a ser apresentado como pré-candidato à Presidência quando se filiou ao Podemos, em novembro passado, mas enfrentava resistências no partido, sobretudo dos deputados, que não estavam dispostos a ceder parte do fundo eleitoral para a campanha ao Planalto. O ex-ministro da Justiça aparecia em terceiro lugar na disputa presidencial, com cerca de 8% das intenções de votos.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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