Publicado 05/04/2022 18:15
Rio - Uma pesquisa da Fiocruz divulgada nesta segunda-feira (4) analisou a efetividade das doses de reforço contra a Covid-19. Diante dos surtos de Ômicron em países com alta cobertura de vacinas de vírus inativado, o estudo avaliou o ganho de proteção que a terceira dose forneceu a adultos brasileiros que tinham completado o esquema vacinal com duas doses de CoronaVac.
Para isso, os pesquisadores analisaram três cenários: pessoas vacinadas apenas com a série primária de CoronaVac (duas doses), com dose de reforço homóloga (três doses de CoronaVac) e heteróloga (duas doses de CoronaVac + reforço de Pfizer). Este último grupo foi o que apresentou maior e mais duradoura proteção contra a Covid-19 grave.
No período de predominância da Ômicron, a eficácia da vacina em até seis meses após a segunda dose de CoronaVac foi de 8,1% contra Covid-19 sintomática e de 57% contra desfechos graves da doença. Com uma terceira dose da mesma vacina, a eficácia contra a Covid sintomática foi de 15% e, contra a Covid-19 grave, de 71,3%. Já com uma terceira dose da Pfizer, a proteção aumenta de forma significativa: 56,8% contra a Covid-19 leve e 85,5% contra os casos graves. Enquanto o declínio da eficácia da vacina contra a Covid-19 sintomática foi observado 90 dias em ambos os tipos de reforço, o declínio de eficácia contra as formas graves da doença só foi observado após um reforço homólogo.
A principal conclusão do estudo é que uma dose de reforço homóloga de CoronaVac fornece proteção adicional limitada, enquanto uma dose de reforço de Pfizer proporciona proteção sustentada contra a forma grave da doença por pelo menos três meses. Os resultados reforçam a recomendação do Ministério da Saúde, em nota técnica divulgada em novembro de 2021, para que o Brasil priorizasse a utilização de vacinas de RNA mensageiro (Pfizer) na dose de reforço, independentemente do esquema vacinal primário. Em caso de falta de doses de Pfizer, a pasta sugere o uso, de maneira alternativa, de vacinas de vetor viral (Janssen ou AstraZeneca).
Os pesquisadores utilizaram um desenho de teste negativo (TND) com caso-controle, método que consiste em comparar dois grupos opostos para avaliar a eficácia de um tratamento - neste caso, a vacinação. Com base em dados de e-SUS, Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) e Programa Nacional de Imunização (PNI), eles analisaram informações de adultos que completaram a série primária vacinal com duas doses de CoronaVac e fizeram testes para infecção por Covid-19 em todo o país.
Entre 6 de setembro de 2021 e 10 de março de 2022, um total de 1.339.986 casos positivos foram combinados com 1.339.986 pessoas cujo teste deu negativo, formando o grupo controle. A primeira análise se concentrou no período de 25 de dezembro de 2021 a 10 de março de 2022, de maior circulação da variante Ômicron. Na sequência, os cientistas confrontaram essas descobertas com as do período anterior, de 6 de setembro de 2021 a 14 de dezembro de 2021, quando a variante Delta era a predominante no Brasil.
No período de predominância da Ômicron, a eficácia da vacina em até seis meses após a segunda dose de CoronaVac foi de 8,1% contra Covid-19 sintomática e de 57% contra desfechos graves da doença. Com uma terceira dose da mesma vacina, a eficácia contra a Covid sintomática foi de 15% e, contra a Covid-19 grave, de 71,3%. Já com uma terceira dose da Pfizer, a proteção aumenta de forma significativa: 56,8% contra a Covid-19 leve e 85,5% contra os casos graves. Enquanto o declínio da eficácia da vacina contra a Covid-19 sintomática foi observado 90 dias em ambos os tipos de reforço, o declínio de eficácia contra as formas graves da doença só foi observado após um reforço homólogo.
A principal conclusão do estudo é que uma dose de reforço homóloga de CoronaVac fornece proteção adicional limitada, enquanto uma dose de reforço de Pfizer proporciona proteção sustentada contra a forma grave da doença por pelo menos três meses. Os resultados reforçam a recomendação do Ministério da Saúde, em nota técnica divulgada em novembro de 2021, para que o Brasil priorizasse a utilização de vacinas de RNA mensageiro (Pfizer) na dose de reforço, independentemente do esquema vacinal primário. Em caso de falta de doses de Pfizer, a pasta sugere o uso, de maneira alternativa, de vacinas de vetor viral (Janssen ou AstraZeneca).
Os pesquisadores utilizaram um desenho de teste negativo (TND) com caso-controle, método que consiste em comparar dois grupos opostos para avaliar a eficácia de um tratamento - neste caso, a vacinação. Com base em dados de e-SUS, Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) e Programa Nacional de Imunização (PNI), eles analisaram informações de adultos que completaram a série primária vacinal com duas doses de CoronaVac e fizeram testes para infecção por Covid-19 em todo o país.
Entre 6 de setembro de 2021 e 10 de março de 2022, um total de 1.339.986 casos positivos foram combinados com 1.339.986 pessoas cujo teste deu negativo, formando o grupo controle. A primeira análise se concentrou no período de 25 de dezembro de 2021 a 10 de março de 2022, de maior circulação da variante Ômicron. Na sequência, os cientistas confrontaram essas descobertas com as do período anterior, de 6 de setembro de 2021 a 14 de dezembro de 2021, quando a variante Delta era a predominante no Brasil.
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