Publicado 13/04/2022 14:05
Brasília - Em meio à investigação da Polícia Federal sobre a suspeita de cobrança de propina para liberar recursos do Ministério da Educação, o Palácio do Planalto decretou sigilo sobre os encontros entre o presidente Jair Bolsonaro e os pastores lobistas do MEC, entre eles Gilmar Santos e Arilton Moura. Os religiosos foram denunciados pela cobrança na negociação com as prefeituras. A crise culminou na demissão do ministro e pastor Milton Ribeiro.
O Gabinete de Segurança Institucional (GS), em resposta ao 'O Globo', que solicitou detalhes da agenda, por meio da Lei de Acesso à Informação, comunicou que os dados o conteúdo dos encontros não poderão ser tornados públicos sob a alegação de a vida do presidente da República e de seus familiares estariam em risco.
Enquanto a oposição se movimenta para tentar emplacar a 'CPI do MEC', o Palácio do Planalto tenta frear à investigada para minimizar ainda mais o desgaste à imagem do governo. Na mira da PF, os pastores Gilmar e Arilton tinham 'passe livre' em Brasília. Além de três encontros registrados com o presidente Bolsonaro no Palácio do Planalto e na sede do MEC, com a benção de Milton Ribeiro, os religiosos eram 'figuras carimbadas' na Câmara dos Deputados.
Os religiosos negam terem praticado qualquer irregularidade. Gilmar e Arilton são suspeitos de intermediarem a liberação de recursos do MEC para prefeituras, cobrando propina, inclusive em ouro.
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