Publicado 13/04/2022 19:52
Um professor de 65 anos é investigado pela Polícia Civil de São Francisco do Sul, no Norte catarinense, suspeito de assédio sexual contra três alunas, entre de 11 a 15 anos, em uma escola municipal da cidade. Segundo o relato das vítimas, o homem teria pedido para que estudantes dançassem para ele de portas trancadas, para que melhorassem as notas, segundo informou a NSC TV.
De acordo com os boletins de ocorrência (BO), as adolescentes também citaram toques no corpo e abraços inconvenientes. A investigação teve início no início de abril, após as famílias das adolescentes terem procurado a polícia.
Conforme a Secretaria municipal de Educação, o professor foi afastado de sala de aula no dia 28 de março, e um processo disciplinar contra ele foi aberto. Nesta terça-feira, 12, o delegado Fábio Fortes, responsável pelo inquérito policial, afirmou que as investigações correm em sigilo. O nome da escola e dos envolvidos não foram divulgados para não expor as estudantes, que são menores de idade, como prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Segundo consta nos boletins de ocorrência, o professor teria passado a mão na barriga de uma das estudantes, tocado na coxa de outra “de forma inconveniente” e abraçado e constrangido alunas com atitudes em público.
Pedro Mira, advogado criminalista que foi procurado por pais das alunas afirmou que a suspeita é que o número de vítimas passe de 10.
Pedro Mira, advogado criminalista que foi procurado por pais das alunas afirmou que a suspeita é que o número de vítimas passe de 10.
Em um dos relato à polícia, uma menina de 14 anos, descreve que o educador teria pedido para que as estudantes dançassem para ele em sala de aula, caso quisessem "melhorar a nota". No boletim de ocorrência, a adolescente conta que o professor teria dito que fecharia a porta "para que assim tivessem mais privacidade".
Conforme a Secretaria municipal de Educação de São Francisco do Sul, a diretora da unidade de recebeu uma denúncia sobre o caso no dia 18 de março. Sete dias depois, dia 25, outros relatos de alunas foram feitos e a informação foi repassada para a Procuradoria Geral do município. O Conselho Tutelar da cidade também foi acionado.
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