Publicado 15/04/2022 14:32
Uma menina de 4 anos, filha de imigrantes haitianos e que vive com a família em Curitiba, teria sofrido racismo dentro de uma instituição de ensino privada na capital. Segundo o pai, Reginald Elysse, um colega da filha a chamou de "cocô". O Sesc Educação Infantil, nega as acusações e diz que jamais foi conivente com qualquer tipo de racismo, informou o jornal Metrópolis, nesta quinta-feira, 14.
O pai afirmou que além de ser chamada "cocô", o colega teria também cuspido no rosto da menina, mais de uma vez, e quebrado o braço dela, e garantiu que os professores da escola foram condizentes com a situação. "Não fizeram nada", disse.
Esta afirmação também foi negada pela instituição em nota, que garante, inclusive, ter imagens que mostrariam que a criança caiu sozinha.
Segundo Reginald, a menina teve dificuldades desde os primeiros dias na escola. inicialmente eram xingamentos, mas depois começaram agressões mais graves.
"Ela falava: 'pai ninguém quer ficar comigo, ninguém quer brincar comigo. As pessoas me deixam de lado, sozinha'. Depois de uma semana, ela veio me dizer que um menino a chamou de cocô e que chegou a procurar as professoras para falar sobre o caso, mas ninguém lhe dava atenções", afirmou.
Para Reginald, a instituição de ensino esconde os ataques visto que a mãe do menino citado como agressor, também trabalha na instituição. "O Sesc esconde isso", disse ele.
"Uma criança de quatro anos fala sobre racismo e dá uma lição social à professora, mas ela não faz nada. Agora, minha filha tem medo. Quando falamos do Sesc, ela sente medo. Quanto tempo este trauma vai ficar? Ela não quer ir mais para lá. Estou muito triste", afirmou.
Em nota, a escola diz que denúncias "não são verdadeiras" e que nunca houve nenhum "ato de preconceito" ou "discriminação dentro da Entidade".
"Em relação à alegada denúncia sobre supostos atos de racismo praticados por criança de 4 anos no Sesc Educação Infantil de Curitiba, contra colega de classe, a Entidade esclarece que as afirmações do denunciante ao jornal, encaminhadas ao Sesc/PR, não são verdadeiras e nunca houve nenhum ato de preconceito ou discriminação dentro da Entidade", afirmou o Sesc em nota.
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