Publicado 18/04/2022 09:30 | Atualizado 18/04/2022 13:42
O presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou Victor Godoy Veiga como novo ministro da Educação. Ele já exercia o cargo interinamente desde o fim de março, após a saída de Milton Ribeiro devido a denúncias de corrupção na pasta reveladas pelo Estadão. A nomeação foi publicada na edição do Diário Oficial da União desta segunda-feira, 18.
O cargo mais recente de Veiga foi como secretário-executivo do MEC. Antes, atuou como auditor federal de finanças e controle da Controladoria-Geral da União (CGU), onde trabalhou de 2004 a 2020. Ele é o quinto titular a assumir o Ministério da Educação. Todos os seus antecessores no governo Bolsonaro se envolveram em controvérsias ou foram alvos de denúncias enquanto chefiavam a pasta.
A nomeação de forma efetiva, após breve período como interino, deixa mais distante a volta de Ribeiro ao cargo, possibilidade que foi considerada na ocasião de sua exoneração. O ex-ministro, que é pastor da igreja Presbiteriana, entregou seu pedido de exoneração no dia 28 de março. O afastamento seu deu após a divulgação do áudio em que o então o responsável pela pasta afirmava ter sido orientado pelo chefe do Executivo a favorecer municípios indicados pelos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura no repasse de verbas da pasta.
O cargo mais recente de Veiga foi como secretário-executivo do MEC. Antes, atuou como auditor federal de finanças e controle da Controladoria-Geral da União (CGU), onde trabalhou de 2004 a 2020. Ele é o quinto titular a assumir o Ministério da Educação. Todos os seus antecessores no governo Bolsonaro se envolveram em controvérsias ou foram alvos de denúncias enquanto chefiavam a pasta.
A nomeação de forma efetiva, após breve período como interino, deixa mais distante a volta de Ribeiro ao cargo, possibilidade que foi considerada na ocasião de sua exoneração. O ex-ministro, que é pastor da igreja Presbiteriana, entregou seu pedido de exoneração no dia 28 de março. O afastamento seu deu após a divulgação do áudio em que o então o responsável pela pasta afirmava ter sido orientado pelo chefe do Executivo a favorecer municípios indicados pelos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura no repasse de verbas da pasta.
Em razão disso, ele mantinha uma agenda paralela, que, segundo denúncias, cobravam propina de prefeitos - inclusive em barra de ouro - para encaminhar demandas ao ministério. Este, por sua vez, priorizava as demandas da dupla por meio de repasses do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. No último dia 5, três dirigentes municipais confirmaram ter recebido pedidos de vantagem indevida numa audiência da Comissão de Educação do Senado.
Os pastores evangélicos estiveram dezenas de vezes no Palácio do Planalto na gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL). Os registros da segurança do Palácio contam 35 acessos do pastor Arilton Moura e outros 10 de Gilmar Santos, da Assembleia de Deus Cristo para Todos. inicialmente, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) se recusou a fornecer os dados sobre as visitas dos dois ao Palácio, solicitados por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).
As informações sobre as visitas dos pastores ao Palácio do Planalto foram obtidas pelo jornal O Globo, por meio da Lei de Acesso à Informação. No despacho que concedeu acesso ao material, o Gabinete de Segurança Institucional disse que a decisão de franquear a informação foi tomada após "recente manifestação da Controladoria-Geral da União (CGU) quanto à necessidade de atender o interesse público". As primeiras reportagens do Estadão sobre o assunto mencionam encontros da dupla de pastores com o presidente da República.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.