Publicado 26/04/2022 16:40 | Atualizado 26/04/2022 17:01
Waikás - As invasões de garimpeiros ao território indígena Yanomami, em Roraima, têm deixado um rastro de destruição ambiental e de violência na comunidade Aracaçá, na região de Waikás, em Roraima. Uma adolescente ianomâmi, de 12 anos, morreu após ser estuprada por garimpeiros, conforme descreve a denúncia de Júnior Hekurari Yanomami, presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami.
Em vídeo publicado nas redes sociais, o líder indígena revelou outra mulher da comunidade, acompanhada do filho, foi sequestrada pelos garimpeiros. A criança, de 4 anos, está desaparecida após ter sido jogada de um barco no Rio Uraricoera com a mãe. A mulher, de 28 anos, sobreviveu, enquanto o filho teria se afogado.
"Os garimpeiros a violentaram, estupraram, e isso ocasionou o óbito (da menina). O corpo da adolescente está na comunidade... Comunico às autoridades, ao Ministério Público Federal, Polícia Federal, Exército. Irei à comunidade buscar o corpo de uma mulher, uma adolescente, que os garimpeiros ocasionaram o óbito por violência. Estou muito triste que está acontecendo isso com meu povo", disse Júnior Hekurari Yanomami.
O Ministério Público Federal, em nota, informou que apuras as denúncias e reforçou acreditar "que situações como essa são consequência cada vez mais frequente do garimpo ilegal em terras indígenas em Roraima".
"Como forma de evitar novas tragédias como as que vem ocorrendo, o MPF já acionou a Justiça e se reúne rotineiramente com instituições envolvidas na proteção do território indígena para que se concretizem medidas de combate sistêmico ao garimpo. Entre essas medidas, estão a retomada de operações de fiscalização, construção de bases de proteção etnoambiental e mudanças nos procedimentos adotados por órgãos fiscalizadores", diz a nota.
Segundo o MPF, foram registrados 35 assassinatos em conflitos no campo em 2021, um aumento de 75% em relação ao ano de 2020.
O Ministério Público Federal, em nota, informou que apuras as denúncias e reforçou acreditar "que situações como essa são consequência cada vez mais frequente do garimpo ilegal em terras indígenas em Roraima".
"Como forma de evitar novas tragédias como as que vem ocorrendo, o MPF já acionou a Justiça e se reúne rotineiramente com instituições envolvidas na proteção do território indígena para que se concretizem medidas de combate sistêmico ao garimpo. Entre essas medidas, estão a retomada de operações de fiscalização, construção de bases de proteção etnoambiental e mudanças nos procedimentos adotados por órgãos fiscalizadores", diz a nota.
Segundo o MPF, foram registrados 35 assassinatos em conflitos no campo em 2021, um aumento de 75% em relação ao ano de 2020.
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