Publicado 29/04/2022 12:00 | Atualizado 29/04/2022 12:02
São Paulo - Cerca de 250 pessoas compareceram ao enterro de Renan Silva Loureiro, 20 anos, morto em um assalto, na Zona Sul de São Paulo, na segunda-feira. O crime ganhou grande repercussão após a divulgação das imagens do ocorrido. A mãe do rapaz usou as redes sociais para desabafar sobre a tragédia que tirou a vida do filho.
"Mais um dia que não poderei ver seu rosto virando a cabeça de lado, que não poderemos jogar juntos, não poderemos conversar sobre filmes e séries [...] meu maior desejo é que você esteja bem e amparado", publicou Clarice Silva, em sua conta no Instagram.
O rapaz foi atingido por quatro tiros quando levantou em direção ao assaltante enquanto o criminoso apontava a arma para a sua namorada. Em entrevista à TV Globo, a tia de Renan, a administradora Carolina Bongiovanni Garcia da Silva, de 45 anos, contou que o rapaz havia sido seu padrinho de casamento três dias antes do crime. "Na sexta sorrimos e na segunda choramos", disse à reportagem.
A namorada do rapaz foi ouvida pela Polícia Civil de São Paulo nesta quinta-feira, e identificou o suspeito de atirar em Renan. No momento do crime, o homem usava uma mochila de aplicativo de entregas. Segundo a investigação, Axcel Gabriel de Holanda Peres seria o motociclista que aparece na gravação das câmeras de segurança usando uma mochila de entregas e abordando o casal.
De acordo com a TV Globo, a jovem, de 19 anos, reconheceu "a faixa dos olhos" do suspeito, além da arma utilizada no crime. Acxel teria cerca de 10 passagens pela polícia por roubo e receptação. Ele foi apreendido pela primeira vez aos 12 anos e mora com a avó em Americanópolis, na Zona Sul de São Paulo.
O Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil fez uma busca na casa do pai de Axcel e encontrou a mochila do Ifood e uma arma. O governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), disse que vai marcar uma reunião com os representantes de aplicativos de entrega para definir uma meta para diminuir assaltos cometidos por falsos entregadores.
O presidente Jair Bolsonaro se manifestou sobre o caso na quarta-feira, no Twitter. Ele prestou solidariedade à família e disse que a constituição brasileira deveria admitir prisão perpétua. O criminoso segue foragido.
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