Anvisa determina novos recolhimentos de chocolates Kinder proibidos no Brasil por suspeita de salmonela

Brasília - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou, nesta quinta-feira (28), o recolhimento de 11 produtos da linha Kinder, fabricados pela empresa belga Ferrero Ardennes. A decisão foi tomada depois que o órgão constatou que a Bercom Produtos Alimentícios Eirele importou chocolates produzidos na fábrica da Bélgica, que estão proibidos no Brasil.

Os produtos da fábrica se tornaram alvo de alerta internacional depois da comunicação de um surto de Salmonella typhimurium em chocolates da Ferrero. Desde então, a comercialização, distribuição, importação e uso dos itens no Brasil estão proibidos. A bactéria causa, entre outros sintomas, dor abdominal, náusea, vômitos e diarreia. 

A filial da Ferrero no Brasil já havia informado que não importa produtos desta linha. No entanto, a própria empresa protocolou junto à Anvisa o pedido de recolhimento voluntário em nome da Ferrero, já que foi constatado que outras empresas importadoras trouxeram lotes fabricados na Bélgica para o Brasil de forma independente.

A Anvisa informou que novas determinações de recolhimento poderão ser publicadas caso sejam identificadas outras empresas que tenham trazido os produtos para o Brasil.

Com a nova decisão, a Anvisa totaliza quatro resoluções relativas ao caso. A primeira, de 14 de abril, proibiu todos os lotes de produtos Kinder fabricados na Bélgica. No dia 20, o órgão determinou que uma das empresas que importam os chocolates Kinder, a Terra Nova Trading, recolhesse os itens. A  resolução também vetou o uso da marca específica Kinder Schoko-Bons 46g branco.

Na terça-feira (26), a Anvisa estendeu a proibição para todos os produtos Kinder Schoko-Bons produzidos pela fábrica na Bélgica e incluiu o recolhimento voluntário pela própria empresa Ferrero no Brasil, mesmo para os produtos importados por terceiros.