Brazilian President Jair Bolsonaro (C) shares a laugh with federal deputy Bia Kicis in Brasilia after joining the right-wing Liberal Party (PL) on November 30, 2021, to seek reelection in the October 2022 polls. - Bolsonaro joined the PL to seek reelection in the October 2022 polls, despite not announcing his candidacy yet. Bolsonaro, who has been without a political party since 2019, was required to join one to run for the presidency as Brazilian laws bar independent candidacies. (Photo by EVARISTO SA / AFP) CaptionAFP
Publicado 12/05/2022 20:07
Brasília - O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), voltou a repetir uma expressão considerada racista durante o encontro com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, na manhã desta quinta-feira, 12. No vídeo publicado pelo canal 'Foco do Brasil', no YouTube, o chefe do Executivo se aproximou de um homem negro e perguntou se ele pesava "mais de sete arrobas", unidade de medida utilizada na pesagem da gado. O simpatizante em questão é o presidente da Câmara Municipal de Holambra (SP), Mauro Sérgio de Oliveira, conhecido como Serjão.
"Conseguiram te levantar, pô? Tu pesa o quê? Mais de sete arrobas, não é?", disse Bolsonaro, arrancando risadas de outros apoiadores presentes no 'cercadinho'.

Não é a primeira vez que o presidente da República e candidato à reeleição tece comentários de cunho racista. Sem cerimônia, o próprio Bolsonaro se 'acusou' e ironizou a fala ao relembrar que já foi processado por uma declaração semelhante há alguns anos. "Sabia que eu já fui processado por isso? Chamei um cara de oito arrobas."
"Eu fui num quilombo. O afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas. Não fazem nada! Eu acho que nem pra procriador ele serve mais. Mais de R$ 1 bilhão de reais por ano é 'gastado' com eles”, disse Bolsonaro à época.
O episódio aconteceu em 2018. Então pré-candidato à presidência, Bolsonaro foi denunciado pela Procuradoria Geral da República (PGR) e foi condenado, em primeira instância, pela Justiça. No mesmo, a decisão da PGR foi rejeitada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), pois, apesar da críticas à sua postura, ele protegido pela imunidade parlamentar de deputado federal.
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