Publicado 12/06/2022 12:25
Rio - Após citar inúmeras vezes, todas elas sem revelar fontes ou provas, sobre uma suposta fraude na eleição que decretou a vitória do democrata Joe Biden sobre o republicano Donald Trump nas eleições a presidência dos Estados Unidos, em 2020, o presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu ajuda ao homólogo americano para vencer o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no pleito de outubro.
De acordo com a agência de notícias 'Bloomberg', esse foi um dos temas abordados pelo chefe do Executivo brasileiro, que classificou o teor do encontro de cerca de 30 minutos, durante a Cúpula das Américas, em Los Angeles, como 'segredo de Estado'. Líder em todas as pesquisas de intenções de votos realizadas e registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Lula foi retratado como um oponente 'perigoso' para os interesses dos Estados Unidos.
De acordo fontes que participaram do encontro à portas fechadas, o líder americano, que demorou a ter a vitória nas eleições reconhecidas pelo Brasil, não deu eco ao pedido de Bolsonaro, mudou de assunto e cobrou a preservação da integridade do processo eleitoral nas eleições de outubro. Aliado e fã confesso de Trump, formalmente acusado pelo Comitê do Congresso por tentativa de golpe após 'orquestrar' a invasão ao Capitólio, o chefe do Executivo brasileiro recuou no primeiro encontro com Biden.
A Casa Branca e o governo brasileiro não comentaram a informação. Último chefe de Estado a reconhecer a vitória do presidente democrata nos Estados Unidos, Bolsonaro se disse maravilhado após o reunião bilateral em Los Angeles. No entanto, não se esqueceu de Donald Trump e não descartou um encontro com o ex-presidente americano antes das eleições de outubro.
Apesar dos sucessivos ataques ao TSE e aos constantes questionamentos sobre a credibilidade do sistema eleitoral eletrônico brasileiro, sempre revelar fontes ou provas, Bolsonaro não repetiu o discurso golpista na reunião com Biden e garantiu que respeitará o resultado das urnas.
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.