Publicado 17/06/2022 08:38
Um relatório do Centro de Documentação da Comissão Pastoral da Terra (Cedoc-CPT) apontou que, até maio deste ano, 22 duas pessoas foram mortas em conflitos no campo no Brasil. Quatro dessas mortes ocorreram no Pará, estado que registrou o maior número de casos — sendo três ambientalistas assassinados e um sem-terra.
Os dados apontam que, do total de homicídios, cinco foram de indígenas e dois de quilombolas. A CPT demonstra ainda que, quatro sem terras, dois assentados e mais dois proprietários rurais de pequeno porte foram mortos até maio no país. Os dados ainda não consideram as mortes de Bruno Pereira e Dom Phillips.
A maioria dos indígenas alvos desses ataques eram da Terra Indígena Yanomami, localizada entre o Amazonas e Roraima e a maior reserva indígena do Brasil.
Avião com os corpos de Bruno e Dom Phillips chega a Brasília para perícia
O avião da Polícia Federal (PF) que transportou os restos mortais encontrados no local das buscas pelo indigenista Bruno Araújo Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips pousou no Aeroporto de Brasília no fim da tarde desta quinta-feira, 16. O próximo passo da investigação passa pela no Instituto Nacional de Criminalística, no Setor Policial Sul, para a confirmação da identidade das vítimas.
Os corpos de Bruno e Dom chegaram em caixões que foram carregados pelos agentes federais, entre eles o diretor-executivo da instituição, delegado Sandro Avelar. De acordo com a confissão do pescador Amarildo da Costa Pereira, o 'Pelado', as vítimas teriam sido mortas a tiros e os corpos, esquartejados e enterrados numa região de mata fechada, próxima do Rio Itaguaí.
O indigenista Bruno Araújo Pereira, licenciado da Fundação Nacional do Índio, e o jornalista inglês Dom Phillips, colaborador do jornal 'The Guardian', estavam desaparecidos desde 5 de junho, na região do Vale do Javari, no oeste do Amazonas.
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