Publicado 21/06/2022 11:26 | Atualizado 21/06/2022 11:48
Vídeos divulgados pela Polícia Federal mostram que o suspeito, Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido como "Pelado", se contradiz sobre a autoria dos disparos que teriam matado o indigenista Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips. As informações foram coletadas no último dia 15, durante uma reconstituição do crime. A dupla foi assassinada em Atalaia do Norte, no Amazonas.
Durante a reconstituição, Amarildo alegou que havia participado apenas da ocultação dos corpos e que o responsável pelos disparos teria sido Jeferson da Silva Lima, o "Pelado da Dinha". No entanto, em depoimento, ele havia dito que atuou em todo o crime, desde os assassinatos até a ocultação dos corpos.
Depois da reconstituição ele disse novamente que matou, esquartejou e ocultou os restos mortais de Bruno e Dom. As filmagens foram obtidas pela TV Globo. Na gravação Amarildo diz que Bruno e Dom estavam no barco junto com Jefferson. Segundo ele, o indigenista e Pelado da Dinha começaram a discutir e Jefferson atirou.
Amarildo disse que Bruno teria revidado ao ataque de Pelado da Dinha. O indigenista tinha porte de arma e escolta armada, mas dispensou a segurança no dia do crime. Ele afirma ainda que Pereira foi atingido na região lombar e logo depois, Jefferson também teria atirado contra Dom.
No início da reconstituição, entretanto, ele afirmou que viu a discussão de longe, depois, disse que também estava no barco onde o crime aconteceu. Amarildo confessou o envolvimento no caso um dia após o irmão dele, Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como "Dos Santos", ter sido preso por participação nos assassinatos. O depoimento no dia da prisão também contradiz a versão dada no momento da reconstituição.
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