Publicado 22/06/2022 20:14
São Paulo - Alvo da investigação sobre suspeita de tráfico de influência e corrupção no Ministério da Educação, Milton Ribeiro passará a noite na sede da Polícia Federal na Zona Oeste de São Paulo. Preso na manhã desta quarta-feira, 22, em Santos, durante a Operação Acesso Pago, o ex-ministro da pasta vai participar de audiência de custódia por vídeoconferência.
Por determinação da Justiça Federal, a transferência para Brasília deveria ter ter acontecido no período da tarde. Um pedido da defesa do pastor para mantê-lo na capital paulista até a realização da audiência de custódia, marcada para a tarde desta quinta-feira, foi negado.
Em novo comunicado no início da noite, a 15.ª Vara Federal do Distrito Federal, no entanto, confirmou que a audiência será feita por videoconferência, pois a PF argumentou dificuldade logística cumprir o cronograma estabelecido pela Justiça.
Por determinação da Justiça Federal, a transferência para Brasília deveria ter ter acontecido no período da tarde. Um pedido da defesa do pastor para mantê-lo na capital paulista até a realização da audiência de custódia, marcada para a tarde desta quinta-feira, foi negado.
Em novo comunicado no início da noite, a 15.ª Vara Federal do Distrito Federal, no entanto, confirmou que a audiência será feita por videoconferência, pois a PF argumentou dificuldade logística cumprir o cronograma estabelecido pela Justiça.
Investigação
A investigação da PF apura se houve favorecimento aos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura por parte do ministro, e a atuação em um gabinete paralelo dos líderes religiosos que administrariam, informalmente, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Em um áudio vazado, Ribeiro admitiu que as verbas eram repassadas a pedido de Gilmar e que todo o esquema acontecia com o consentimento do presidente Jair Bolsonaro.
A investigação da PF apura se houve favorecimento aos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura por parte do ministro, e a atuação em um gabinete paralelo dos líderes religiosos que administrariam, informalmente, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Em um áudio vazado, Ribeiro admitiu que as verbas eram repassadas a pedido de Gilmar e que todo o esquema acontecia com o consentimento do presidente Jair Bolsonaro.
Os pastores levavam prefeitos para reuniões com o ministro e, dias depois, os pleitos eram contemplados. Ao menos R$ 9,7 milhões foram pagos ou empenhados após agendas solicitadas pelos religiosos da igreja Cristo para Todos, um ramo da Assembleia de Deus, com sede em Goiânia. Somente em termos de compromisso foram firmados R$ 160 milhões em dezembro por interferência direta dos pastores. Para advogados, a atuação dos pastores pode configurar crime de tráfico de influência e de usurpação de função pública.
Os pastores também já tiveram acesso ao Palácio do Planalto, sendo recebidos pelo menos duas vezes pelo presidente Jair Bolsonaro. As portas do governo foram abertas aos dois religiosos pelo deputado João Campos (Republicanos-GO), que é pastor da Assembleia de Deus Ministério Vila Nova, ligado à convenção de Madureira.
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