Publicado 29/06/2022 12:29
Rio - Ex-ministro do Supremo Tribunal Federal(STF) e ex-presidente da Câmara dos Deputados Célio de Oliveira Borja morreu de terça-feira, 28, aos 93 anos, no Rio de Janeiro. O velório do jurista acontece às 14h30 desta quarta, dia 29, na Capela Ecumênica 1 do Crematório e Cemitério da Penitência, no Caju. Após a cerimônia, o corpo será encaminhado para cremação.
Além dos postos ocupados no Supremo e no Congresso Nacional, Borja foi ministro da Justiça no governo de Fernando Collor e uma das lideranças da Aliança Renovadora Nacional (Arena) e do Partido Democrático Social (PDS).
Em nota, o presidente do STF, Luiz Fux, prestou condolências aos familiares do ex-ministro e afirmou que Borja teve uma vida marcada por caminhos que o “transformaram em um homem público de grande relevância nacional”. “Célio Borja deixa, como legado, o exemplo de dignidade com o qual se portou mesmo em momentos difíceis da história do Brasil”, destacou Fux.
Reconhecido como grande jurista, Borja iniciou sua vida pública quando cursava Ciências Jurídicas e Sociais na Universidade do Estado da Guanabara, no fim da década de 1940. Na ocasião, participou ativamente da Juventude Universitária Católica (JUC), da União Democrática Nacional (UDN) e da União Nacional dos Estudantes (UNE).
Em 1959, Borja foi convidado a assumir um cargo de assessor no Ministério da Justiça durante o governo de Juscelino Kubitscheck. Três anos depois, foi eleito suplente a deputado estadual pela UDN no Estado da Guanabara (atual Rio de Janeiro). Ele assumiu a titularidade do cargo em 1963, durante a gestão do governador Carlos Lacerda.
Em novembro de 1970, em meio à ditadura militar, Borja foi eleito deputado federal pela Arena em um movimento de renovação do Congresso. Ele foi um dos primeiros a assinar filiação no partido criado em 1966, após um rompimento com Lacerda, segundo informações organizadas pelo CPDOC, da FGV. Em 1974 e 1978 foi eleito para outros dois mandatos na Câmara.
Borja assumiu a liderança da Arena na Casa no início de 1974, mas deixou o cargo para ocupar a Presidência da Câmara nos anos seguintes, ao longo do governo do general Ernesto Geisel. Ele foi um dos responsáveis por elaborar um projeto de fusão do Estado da Guanabara com o Estado do Rio de Janeiro, aponta o CPDOC.
Anos depois, deixou a Arena e se envolveu ativamente na fundação do PDS no Rio de Janeiro, partido de apoio ao governo.
Em 1986, foi nomeado ao STF pelo então presidente José Sarney. Permaneceu no cargo até 1992, quando se aposentou para assumir o cargo de ministro da Justiça na gestão do ex-presidente Fernando Collor.
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.