Marcelo Rebelo de Sousa, presidente de Portugal, se reuniu com Lula, pré-candidato do PT à Presidência do Brasil, em São PauloRicardo Stuckert
Publicado 03/07/2022 13:05
São Paulo - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pré-candidato ao Palácio do Planalto, se reuniu na manhã deste domingo, 3, em São Paulo, com o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa. O encontro entre os dois ocorreu após o presidente Jair Bolsonaro (PL) cancelar agenda com o líder europeu justamente por causa do petista.
Bolsonaro e Rebelo de Sousa almoçariam juntos nesta segunda-feira, 4, mas o presidente brasileiro decidiu cancelar a reunião após saber que o líder português também se encontraria com Lula, seu principal adversário na eleição deste ano. O chefe do Executivo de Portugal, filiado ao Partido Social Democrata, desembarcou neste sábado, 2, no Brasil para estreitar relações com o país.
Rebelo de Sousa disse a jornalistas que inicialmente o governo brasileiro insistiu para marcar o encontro e que não considera o episódio um incidente diplomático. "Temos que saber separar o que é fundamental e o que não é, os povos continuam, os almoços podem mudar a data", afirmou. "Não é haver um almoço ou não que altera o quanto os mais de 200 mil brasileiros gostam de Portugal e estão cá."
"Quem convida para almoçar é que decide se quer almoçar ou não, e em que termos, em que ocasião. Pois eu digo, esteja à vontade, pois quem tomou a iniciativa de convidar não foi eu", acrescentou o presidente português.
Ontem, Lula e Bolsonaro, assim como os pré-candidatos à Presidência Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB), cumpriram agenda em Salvador (BA). Os políticos participaram das celebrações do Dia da Independência da Bahia.
O chefe do Executivo foi a uma motociata com apoiadores, afirmou que a redução do ICMS, após a aprovação do teto para o tributo, fará do combustível vendido no Brasil "um dos mais baratos do mundo" e criticou os governadores. Lula, por sua vez, falou em revogar o teto de gastos, disse ter certeza que as Forças Armadas estarão "do lado do povo" na eleição de outubro e afirmou que não aceita "ameaças" às instituições.
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