Publicado 13/07/2022 12:54
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), determinou nesta quarta-feira, 13, que a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que concede uma série de benefícios sociais às vésperas da eleição será feita de forma virtual. Dessa forma, os deputados poderão marcar presença no plenário e votar por meio de um aplicativo.
A decisão ocorreu após problemas técnicos na internet da Casa e dificuldades do governo de mobilizar a base para garantir o quórum necessário para barrar investidas da oposição contra o estado de emergência e para tornar o Auxílio Brasil de R$ 600 permanente.
Na terça-feira, 12, após a PEC ter sido aprovada em primeiro turno por 393 votos a 14, Lira alegou problemas na conexão de internet e suspendeu a sessão, que foi retomada hoje. A oposição, contudo, contestou a decisão de suspender a sessão e pediu a abertura de um novo painel de votação. Lira, então, acatou as questões de ordem, cancelou a sessão e convocou uma nova, que será realizada ainda hoje de forma virtual.
Em meio aos problemas técnicos na Câmara ontem, Lira e os governistas passaram a temer que o quórum de deputados no plenário diminuísse e a oposição, assim, conseguisse derrubar na análise dos destaques o estado de emergência — dispositivo incluído na PEC para blindar o presidente Jair Bolsonaro de punições da Lei Eleitoral, que proíbe a criação de benesses às vésperas de uma eleição, exceto em caso de calamidade pública e emergência nacional.
Agora, com a votação virtual, o governo tem mais segurança para garantir o quórum da votação. Antes, os deputados precisavam marcar presença direto no plenário, mas muitos já viajaram para suas bases eleitorais.
Na terça, a Polícia Federal (PF) chegou a ir à Câmara para investigar o problema técnico. "Foi instaurado procedimento preliminar de apuração na Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal e as diligências continuam a fim de esclarecer prontamente o ocorrido", disse Lira hoje.
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