Ainda de acordo com documento, esse grupo deve se manter afastado de pessoas que apresentem febre e lesões cutâneasReprodução/ internet
Publicado 02/08/2022 10:35
O Ministério da Saúde recomendou nesta segunda-feira, 1º, que grávidas, puérperas e lactantes mantenham o uso de máscaras em locais fechados como forma de prevenir a infecção pela varíola dos macacos (monkeypox). A pasta também orienta que esse grupo de mulheres use preservativo nas relações sexuais, já que a transmissão pelo contato íntimo é apontada como uma das causas do novo surto.
O alerta para o uso de camisinha vale para o sexo vaginal, oral e anal, diz a nota técnica do ministério. Embora a doença esteja avançando mais velozmente entre homens que fazem sexo com outros homens, especialistas afirmam que o vírus deve, em breve, se espalhar para outros grupos.

Ainda de acordo com documento, gestantes, puérperas e lactantes devem se manter afastadas de pessoas que apresentem febre e lesões de pele-mucosa - erupção cutânea, que habitualmente afeta o rosto e as extremidades e evolui de máculas para pápulas, vesículas, pústulas e posteriormente crostas -. Em casos de sintomas suspeitos, elas devem procurar ajuda médica. Para pacientes sintomáticos, a recomendação é manter isolamento por 21 dias e monitorar os sinais da doença - se persistirem, é preciso fazer novo teste.
Doença
Essa doença começa com febre, dor de cabeça, dores musculares, exaustão e inchaço dos linfonodos. Uma erupção geralmente se desenvolve de um a três dias após o início da febre, aparecendo pela primeira vez no rosto e se espalhando para outras partes do corpo, incluindo mãos e pés.
Em alguns casos pode ser fatal, embora seja tipicamente mais suave do que a varíola. A doença é transmitida para pessoas por vários animais selvagens, como roedores e primatas, mas também pode ser transmitida entre pessoas após contato direto ou indireto.
Emergência Internacional
No dia 23 de julho, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a varíola dos macacos uma emergência global, decisão que ressalta as preocupações com a rápida disseminação da infecção provocada pelo vírus. Desde o início do recente surto de varíola, a Anvisa tem acompanhado a situação, inclusive com orientação de ações na área de portos, aeroportos e fronteira, emissão de notas técnicas para orientar os serviços de saúde e doação de sangue.
Vacinas
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta segunda, 1º, por meio de sua conta no Twitter, que o Brasil receberá doses do antiviral contra a varíola de macaco para combater o surto da doença no país. Atualmente, há mais de mil casos da doença registrados em todo o território nacional.
Apesar do anúncio, ainda não foi divulgado um plano para a distribuição do medicamento ou quantas doses serão administradas e quais grupos serão contemplados. O medicamento a ser utilizado no Brasil foi citado em um artigo na revista científica "The Lancet Infectious Diseases", do conglomerado"The Lancet". O texto aponta que o tecovirimat se mostrou promissor no controle dos sintomas, além de reduzir o tempo em que pacientes podem transmitir o vírus.
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